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quinta-feira, 17 de maio de 2012



Aquele moço estava preocupado com o que se tornara. Com o passar do tempo muitas coisas já não lhe faziam sentido. Conhecera pessoas que lhe tentaram abrir os olhos para que ele pudesse encontrar um sentido no que acontecia em sua vida.
Não entendia como tudo parecia tão complicado para ele, enquanto para tantas outras pessoas as coisas tomavam formas mais simples e de fácil compreensão.
É estranho quando as pessoas não encontram um lugar seguro dentro de si e ao mesmo tempo é apavorante saber que não se sabe tudo e perceber que muito do que aprendemos se desviou nos caminhos da mentira e falsidade.
Aquele jovem é um médium do qual estimo muito afeto e admiração. Embora convivesse em meio as sombras, seus sentimentos eram os melhores possíveis e por este motivo é que estava forte e ainda em pé, firme nos seus ideais de ser humano.
Aprendera a ser digno e honesto; aprendera a ser amigo e companheiro; aprendera a lutar e a calar; aprendera a aceitar as diferenças.
Desde pequeno acompanhara os aprendizados sobre sua religião, aquela em que mais tarde desenvolveria sua mediunidade e lhe esclareceria suas dúvidas em relação à vida e à morte. Parte de seu íntimo gostaria, sim, de desenvolver e continuar os trabalhos mediúnicos ajudando a quem necessita, mas sua outra parte não concordava com a forma de trabalho realizada na casa de religião que frequentava. Algumas ideias daqueles dirigentes iam contra as suas ideias particulares. O jovem não concordava com sacrifícios, com trabalhos com sangue... Mas lhe diziam que era necessário, que seria prejudicado caso não realizasse os rituais que lhe impunham. Não se sentia a vontade com a pressão imposta, também não queria ofender nenhuma daquelas pessoas. Gostava da religião, acreditava nela, porém o que lhe parece forçado lhe parece incorreto.
Frequentou várias casas de religião como consulente, observava com atenção a forma de trabalho de cada casa, gostou de algumas, em outras se sentia incomodo. Com o tempo começou a passar mal, sentir-se revoltado e insatisfeito com sua vida, com suas ideias, com sua família, com seus poucos amigos. Sabia estar sempre acompanhado por aqueles considerados com carinho como seus guias. Esses, por sua vez, tentavam ajudar da melhor forma seu filho tão querido. No plano astral emanavam energias a fim de protegê-lo, sussurravam em seus ouvidos palavras de conforto, de amor, de afeto, de carinho... Mas o jovem não ouvia... O jovem raramente sentia...
Na casa em que trabalhava disseram-lhe que aquilo ocorria justamente porque ele não estava cumprindo com seu papel de médium trabalhador e que as entidades estavam revoltadas com sua falta de compromisso. Ele revoltou-se ainda mais, teve um misto de medo e covardia que não sabia explicar e em meio à dúvida, desistiu dos trabalhos nas sessões.
Infelizmente este rapaz que muita gente poderia estar ajudando, está estacionado em seus medos de apostar no que realmente lhe parece correto. E o correto não é esta ou aquela religião, este ou aquele mandamento...
O correto é que NENHUMA entidade de LUZ se manifesta para prejudicar um filho... O correto é que temos o nosso livre arbítrio e podemos realizar ou não os rituais exigidos, mas as entidades de luz não serão a favor nem contra, estarão sempre ao lado de quem realmente deseja fazer o bem sem olhar a quem. O correto é que espíritos iluminados não necessitam de oferendas, nem de agrados, nem de sacrifícios para realizarem esta ou aquela obra... Isso porque são entidades elevadas, entidades puras, com energias positivas e sem nenhuma, absolutamente nenhuma fixação material ou terrena. Muitas pessoas por seu grau de evolução espiritual carregam consigo entidades menos evoluídas, que procuram se manifestar de alguma forma, e acabam dominando o médium a ponto de que ele realize todas as suas vontades e desejos e para isso fazem exigências e, através do medo e chantagens buscam adquirir as coisas as quais ainda estão apegados neste plano. Essas entidades menos evoluídas se manifestam em médiuns através de sua afinidade energética, que é gerada pelas atitudes, personalidade e pensamentos do médium... Ou seja, somos como imãs e atraímos energias boas para perto de nós se estivermos sentindo bem, se carregarmos sentimentos e pensamentos bons, e atrairemos energias ruins para perto de nós se carregarmos sentimentos e pensamentos negativos... Essas energias são as que se afinarão com entidades de luz ou menos iluminadas (dependendo sempre da energia afim), as quais conseguirão se manifestar através dessa ligação magnética que geramos a todo o momento em torno de nós.
Este rapaz possui esse conhecimento sobre energias, sobre entidades, e muito bem esclarecido está sobre o assunto religião. Ele possui seu ponto de vista particular e sua opinião está muito bem definida, embora ainda reste a dúvida sobre os trabalhos e sua maneira de realização. Gostaria de continuar, mas a lembrança de tudo o que ocorreu e o medo de magoar alguém lhe aflige o peito. Não quer prejudicar e nem ser prejudicado, embora ele saiba que muitos tentaram derrubá-lo.


Mensagem de um Amigo Guardião

A você meu filho, que hoje lê essas singelas palavras e se reconhece nesta história, ao sentir-se perdido ou com medo, lembre-se de que, Aqueles que o protegem estão sempre ao seu lado.
Acompanhei-o durante um bom tempo, acompanhei-o como amigo e guardião de seu espírito... Sussurrei palavras em seus ouvidos.
Sim, se há dúvida, é melhor parar para refletir um pouco sobre as verdades da caridade... Seja coerente e busque encontrar aquilo que lhe parecer plausível acreditar...
Embora você muitas vezes ignore o fato de que estamos ali lhe auxiliando, acredite no que existe dentro de você. Não se deixe abater por princípios e teorias que não fazem sentido... A espiritualidade rege a simplicidade, não há planos mirabolantes para aqueles que não seguem uma conduta que “outros” julgam normal ou exata... Siga sempre seus princípios, aprenda conceitos novos, tente desfazer os misticismos que tantos tentam colocar como barreiras para que você acabe cumprindo ordens descabidas e sem cunho moral algum. É tudo muito simples... Você desenvolve entidades boas e realiza trabalhos bons, que ajudam quem realmente precisa, ou você desenvolve entidades atrasadas que se propõem a realizar qualquer tipo de trabalho a fim de conseguir suas regalias neste plano cheio de vícios e defeitos. A escolha é sempre sua e nunca das entidades... Você escolhe quem são seus amigos, quem andará ao seu lado... Você decide as coisas da sua vida, por isso ela lhe pertence... Basta você pensar e decidir, a mudança deve vir de você...”

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