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Candomblé e sua essência



   Candomblé 

      no C.E.U de Pai Cipriano   


O Candomblé tem sua crença firmada nas energias dos Orixás. Essas energias provém da natureza, são manipuladas a partir da providência de cada Orixá e são essenciais para o equilíbrio das nossas energias espirituais. A partir de rituais de iniciação e assentamentos dos Orixás começa-se o equilíbrio das nossas energias, onde o nosso Orixá de cabeça será a energia principal que estará regendo nosso corpo e nos protegendo no campo espiritual.
A base dos rituais dessa religião são de ervas diversas retiradas da natureza, cada qual com sua finalidade.
O Candomblé possui várias ramificações desde sua origem inicial, e alguns terreiros trabalham com "Nação", que é uma dessas ramificações. Essas casas de religião utilizam o sangue em alguns de seus rituais e fazem oferenda de animais aos Orixás. Assim como cada erva possui uma finalidade em um determinado ritual, o sangue, o sacrifício, o animal, também possui a sua. Acredita-se que sua energia é pura, já que fazem parte do meio natural, assim como as plantas, ervas, água, terra... além disso significam a vida e a morte e quando sacrificados são a vida e a morte em seu princípio valioso e sagrado.
No C.E.U. de Pai Cipriano cultua-se o Candomblé com seus rituais à base de ervas, plantas, água, enfim, elementos retirados da natureza. No entanto, NÃO trabalha-se com sacrifícios ou sangue. NÃO mata-se, no C.E.U. de Pai Cipriano, animal nem de duas e nem de quatro patas. Trabalha-se com assentamentos dos Orixás com suas respectivas pedras, ervas, águas, enfim... As obrigações são feitas, também com elementos naturais, e as comidas dos Orixás também são preparadas tal qual devem ser, mas sem ofertar animais e sem utilizar sangue, seja em qual ritual for.

Esse fato é apenas um diferencial entre as várias formas de se cultuar o Candomblé. Isso não favorece nem desfavorece das outras casas de Terreiro. Os princípios e ideais mantém-se os mesmos, porém com particularidades que cada casa adota em seus trabalhos.
Todas as casas de religião tem sua importância e seus trabalhos serão bons se seus princípios forem bons e serão ruins se seus princípios forem ruins.

A sessão de Candomblé


Ou os chamados Batuques que a maioria das pessoas mencionam como forma de manifestar-se sobre as festas nos Terreiros. Bom, a sessão de Candomblé é praticamente uma festa. Com Orações cantadas no idioma Yorubá ritmadas ao som do Atabaque e Ajê(instrumentos mais usados, mas ainda há a utilização de outros instrumentos). A sessão começa com o despacho de Exú, que no Candomblé são os Orixás Bará. São os donos do caminho, protegem as porteiras dos Terreiros. O despacho é a bandeija feita como agradecimentos pela proteção concedida tanto à casa de religião como aos trabalhos espirituais.
Todos temos um Orixá de cabeça, mas nem todos entram em transe ou sentem a energia de seu Orixá. Em um Terreiro, essas pessoas não são menos importantes. Ao contrário, elas tornam-se importantes por acabarem adquirindo outras atividades nos trabalhos dentro da religião. Algumas pessoas se responsabilizam pelo feitio das comidas, outras servem os Orixás, outras auxiliam na preparação e vestimentas dos Orixás recebidos.
Dentro de uma casa de religião todos são importantes para a construção e realização dos trabalhos religiosos, e portanto todos são merecedores de auxílio e atenção.


O Candomblé no C.E.U de Pai Cipriano segue rituais com ervas e não utilizando de sacrifício em seus rituais. A iniciação do Yaô se dá com os rituais à base das ervas dos orixás em questão, uma preparação com banhos, e aprendizados necessários para tal. É importante que o iniciado esteja em equilíbrio com suas energias e com seu Orixá, ficará uma semana de chão após o assentamento do mesmo, 14 dias quando fizer os búzios, 21 dias quando fizer rua (assentar os orixás da rua: Avagan e Tibuá e os Barás Lodê e Leba) e 36 dias quando ganhar governo. Uma vez por ano é realizada a obrigação para o seu Orixá, onde a pessoa ficará de chão novamente e assim seguirá até que ela passe para o próximo estágio, onde haverá a obrigação com dias de chão mais longos. Após os assentamentos são feitos os Batuques em homenagem aos Orixás e os trabalhos realizados. No batuque, as rezas cantadas em yorubá, e  a mesa com a comida dos orixás, a chegada dos Orixás e saída dos mesmo da camarinha com suas danças e roupas características fazem parte de um ritual mágico e de grande importância para os preceitos da religião




     

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Concordo plenamente com todo esse procedimento. Fui raspado a 28 anos dentro do ritual Jeje Mahi com fundamentos também em Keto, muito sangue derramado principalmente em minha cabeça durante os quatro anos que lá persisti em permanecer em busca de conforto e equilíbrio. Não censuro quem faz esse tipo de coisa, no entanto, acho que tal prática deve ser usada por quem realmente tem responsabilidade e sabe o que está fazendo. Em meu caso particularmente me desequilibrou totalmente, quase enlouqueço por conta de coisas mal feitas e por conta de falta de responsabilidade, sem contar que nem toda cabeça pode ter contato com sangue e as ervas e outros elementos da natureza substituem tranquilamente os tais sacrifícios que só geram na vida das pessoas carmas, débitos e mais débitos como aconteceu em minha vida e na vida de quem praticou tais atos comigo que, em plena ignorância, totalmente inocente quanto as tais práticas, movido pela fé cega na busca de saúde e paz espiritual diante de uma mediunidade em desequilíbrio, carrega até os dias de hoje muitos dissabores em busca dos resgates para meu reequilíbrio. Parabéns! fico feliz de ver tal iniciativa e triste ao mesmo tempo em não ver aqui em minha região trabalhos de tamanha responsabilidade nem mesmo nas umbandas existentes.

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    1. Agradeço as palavras e peço desculpa pela demora em responder. Estava envolvida com o cotidiano e os trabalhos virtuais acabam por estagnar as vezes. Muitas vezes buscamos caminhos na certeza de que o acolhimento será satisfatório. Mas faz parte da vida cair e levantar e lhe asseguro, tudo é passageiro. Os caminhos existem para serem explorados, conheceste o caminho do sangue e pode não ter sido uma boa escolha, mas com certeza trouxe uma bela experiência. Embora tenha passado por desequilíbrios, como disse, algo bom deve ter sobrevivido a isso, como por exemplo a tua capacidade de continuar e não desistir; a força de vontade de erguer a cabeça e confiar no que o Maioral tem a ofertar; perceber as pessoas que realmente devem fazer parte da sua vida e aquelas que deve manter distância... nada acontece por acaso, tudo traz consigo um ponto positivo. Peço que não olhes para a religião com rancor. Não são os rituais certos ou errados, muitas vezes o erro está em quem executa o trabalho. Infelizmente, não temos como saber quem, de fato, faz um bom trabalho... mas o fato é que nunca estaremos desamparados e em um momento ou outro, acabamos por encontrar nosso caminho e nossa iluminação. Axé e confie sempre...

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  3. Estás loco, tienes pipoca y farofa en la cabeza. Candomble, Batuque sin sangre no existe. Eso es invento y puede hacer mal. No hay fundamento. AFROBRAS

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  4. Candomble sem axoro no eh sem fundamento. Motumba

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  5. Bom dia!!!

    Peço licença para divulgar a página da nossa comunidade de axé. Click no link e curta:

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    Muitos mitos, itans, orikis, ilustrações dos orixás, elementos rituais e muitos outros fundamentos e conhecimentos selecionados para o povo de santo exigente. Acesse e confira!!!

    Obrigado e asé!!!

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  6. Bom, em primeiro lugar peço desculpas pela demora em responder pois estava envolvida com família, estudos, trabalhos e não consegui me organizar para responder e postar no blog. Meus queridos, cada caso é um caso. Somos sim muito criticados por não utilizarmos sangue em nossos rituais e respeitamos a todas as manifestações críticas quanto a esse aspecto. O fato é que o bem ou o mal não está presente nos utensílios materiais e sim na nossa alma, no nosso carácter e impregnado no nosso espírito. O sangue, a pipoca, o dendê e todos os demais animais e materiais utilizados, fazem parte de um ritual espiritual proveniente de uma cultura, aquela que particularmente me encanta muito, a africana. Para que possamos compreender o porque das utilizações desses materiais, devemos antes de tudo entender sua história, lutas e sofrimentos, onde suas crenças se justificam. Não usar o sangue em nossos rituais não nos faz menos dignos da religião uma vez que o amor e caridade estão sempre presentes em nossos trabalhos e posso afirmar que, depois de anos trabalhando dessa forma, nenhuma maldição decaiu sobre nós. Não podemos esperar da religião ou de um ritual uma vida plena de felicidade, não é esse o fundamento religioso. Trabalhamos nosso espiritual não para o bem material e sim para nossa evolução em um plano superior, onde nossos corpos espirituais se encontrarão após nosso desencarne. Devemos estar preparados para o que virá após a morte do corpo físico e nos encontraremos em um lugar digno de amor e compreensão se carregarmos conosco esse sentimento. Portanto, independente da forma como os rituais sejam realizados, não valerá de nada se a pessoa carregar rancor, raiva, inveja, medos, ganâncias e maldades no seu interior. Portanto, pensemos antes de julgar e preservemos a beleza da crença, da fé e dos sentimentos bons que isso nos proporciona. Sejamos compreensivos sobre as necessidades físicas e espirituais de cada um, enquanto uns necessitam da energia do sangue, outros necessitam das energias das ervas. Não podemos colocar um cobertor em cima de alguém que sempre calor, da mesma forma que não podemos despir a quem sente frio. Lida com sangue quem nasceu pra o sangue e lida com ervas quem nasceu para as ervas. Asé meus irmãos...

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    1. Deberían dejar de llamar a sus prácticas candomblé, Sean humiles y llamenla de Umbanda. Umbanda e eclética y puede utilizar solo hierbas y otros elementos, Candombé sin sangre no tiene fundamento. No inventen

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  7. Concordo em genero, grau e número quanto ao uso só de ervas nos rituais.
    Não vejo desmerecimento algum nisso. O que importa é a nossa fé, nossa energia. Isso sim faz a grande diferença na hora de uma obrigação!
    Respeito os que fazem uso da menga. Porém, eu não gosto e não faria algo, onde envolvesse tanto sacrificio de animais.

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