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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Da Influência Moral do Médium



Acredito que não somente para minha evolução, mas para toda aquela na qual seguem os filhos de nossa querida casa de religião que nossos mentores nos orientam pelos caminhos mais frutíferos de aprendizagens. Independente da forma como os obstáculos se façam presentes na nossa jornada, nos mostram que não há bons nem ruins, nem o certo e o errado. "O que há, são escolhas e essas escolhas são boas independente da dor e desgraça que podem causar. Muitos hão de escandalizar-se com essas palavras, mas com veemência as esclareço. Desde que o mundo é mundo, muitos sofrem e muitos fazem sofrer. As atitudes servem para o ser humano como uma lição e uma forma de aprendizagem na sua caminhada. Todo aquele que fizer o mal afins de prejudicar a outrem estará colocando em prova a capacidade do outro levantar-se e seguir adiante. Para esse será um recomeço e, para aquele, um exemplo. O mal, o egoísmo, a raiva, o ódio, o rancor, a vaidade, o medo, a insegurança, a calúnia, a difamação todos esses adjetivos só alcançam a quem se permite deixar alcançar, assim como toda forma de auxílio, conforto, alegria e paz de espírito encontram aos que se permitem sentir. Com alegria recebo em braços aos que sofrem e aos que fazem sofrer, com alegria oriento e encaminho aos necessitados de auxílio e compreensão. Com alegria dispenso atenção aos que pecam e aos que buscam as reparações de seus erros! Quem seria eu para julgar? Quem seria eu para condenar? Pois que aprendam todos com seus erros, pois que aprendam todos com suas atitudes.  (Nosso querido amigo espiritual Pai João)"
Como uma forma de vigiarmos nossa conduta quanto médiuns trabalhadores que somos, menciono algumas palavras do Livro dos Médiuns, afins de que estejamos sempre conscientes de que assim como bons espíritos atuam em prol da caridade, também há os levianos que se aproveitam da imperfeição para conseguirem suas façanhas nesse plano.
Da Influência Moral do Médium (Do Livro dos Médiuns) pág. 277 parágrafo 8*A pág deste parágrafo pode ser diferente nas publicações mais recentes desta obra.
8. Será absolutamente impossível se obtenham boas comunicações por um médium imperfeito?<< Um médium imperfeito pode algumas vezes obter coisas boas, porque se dispõe de bela faculdade, não é raro que os bons Espíritos se sirvam dele, à falta de outro, em circunstâncias especiais; porém isso só acontece momentaneamente, porquanto, desde que os Espíritos encontrem um que mais lhes convenha, dão preferência a este >>.
NOTA: Deve-se observar que, quando os bons Espíritos vêem que um médium deixa de ser bem assistido e se torna, pelas suas imperfeições, presa dos espíritos enganadores, quase sempre fazem surgir circunstâncias que lhes desvendam os defeitos e os afastam das pessoas sérias e bem intencionadas, cuja boa fé poderia ser ilaqueada. Nesse caso, quaisquer que sejam as faculdades que possua, seu afastamento não é de causar saudades.
Pág 282.
< Os médiuns levianos e pouco sérios atraem, pois, Espíritos da mesma natureza; por isso é que suas comunicações se mostram cheias de banalidades, frivolidades, idéias truncadas e não raro, muito heterodoxas, espiriticamente falando. Certamente, podem eles dizer, e às vezes dizem, coisas aproveitáveis; mas nesse caso especialmente, é que um exame severo e escrupuloso se faz necessário, porquanto, de envolta com essas coisas aproveitáveis, Espíritos hipócritas insinuam, com habilidade e preconcebida perfídia, fatos de pura invencionice, asserções mentirosas, a fim de iludir a boa-fé dos que lhes dispensam atenção.

O estudo e a doutrinação se fazem importantes para que se compreendam as comunicações sérias e aquelas que são transmitidas por entidades levianas. Somente o estudo e a orientação dos bons Espíritos conduzem a uma caminhada de luz e responsabilidade e somente nessa caminhada se é possível realizar o emprego do amor e da caridade.














domingo, 4 de agosto de 2013

Reconhecendo atitudes...

    

Intrigada com as atitudes humanas, passo por transformações a cada dia que chega e a cada ensinamento que recebo. Aprendi com nossos irmãos espirituais a não ser egoísta. Não ensinar o que estou a aprender é considerado egoísmo pela espiritualidade, então... Minha função aqui é transmitir conforto através das palavras que me citam, esclarecimento sobre o que de fato é coerente... Um dos primeiros ensinamentos que obtive com os mentores que me acompanham (e que aconselho a todos a realizarem) é não julgar o próximo, mas vigiar para que nossas falhas não sejam iguais ao do outro... Me culpava então, quando eu cometia algum erro, quando julgava alguém, ou magoava, ou fazia algo indigno de confiança... Chorava, a consciência não me permitia descansar... Revoltava-me comigo mesma, até que os amigos espirituais vinham me acalmar os sentidos. Diziam: Não importas teres errado, importa que não repitas o erro... És imperfeita, por isso estás a reencarnar, possuis falhas que devem ser revisadas e atitudes que devem ser repensadas... Para isso, vens e observa. Aceita e melhora... primeiro os teus pensares, logo, as atitudes, então mudarás os gestos e serás mais acolhedora... Alguns virão e irão pisar-te, e nós estaremos ali, para que sintas confiança e permaneças em silêncio... Pois aquele que humilha, será por si só humilhado... Lutarás por ideais de outros, mas ideais dignos e não causas tolas. Não se culpe se não estiver presente, somente Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo... E se pensares que será fácil, mais difícil há de ser, pois assim foi a escolha... Não a minha, não a de Deus, mas a SUA escolha... Não chores, não reclame, não se incomode... OU chores, reclame e incomode, você tem esse direito... só não esqueça de melhorar!!! Essas palavras cabem a todos nós como aprendizado e conforto, claro que pelo tempo em que foram-me ditas eu já não lembrava com exatidão, então com gosto, meu amigo espiritual repetiu-nas pra que eu "divulgasse" (coloquei entre aspas pois ao reler o texto, o mentor que me acompanha nos escritos, riu da palavra... embora eu não tenha entendido a graça). Como eu já havia comentado uma vez, e torno a dizer, publico o que me é permitido, para que não esteja transmitindo nenhuma informação falha e para que eu não esteja banalizando com a espiritualidade, falando bobagens, como muitas que vemos soltas por aí.

Eu falava com ele (o mentor), sendo  esse amigo muito discreto e pouco falante, ouvia-me comentar sobre alguns acontecimentos. Obstante a outras situações, me assustei quando ele respondeu meus questionamentos, já que ele não expõe muito suas opiniões. Pela primeira vez ele traçou uma conversação prolongada comigo, o que (obviamente) me deixou muito feliz. Bom, falávamos das futilidades, das injustiças, das pessoas gananciosas... enfim, coisas que tenho encontrado no meu dia a dia, ultimamente. Eu estava chateada, pois tendo a me afastar das pessoas, por não concordar com suas atitudes e ter medo de me deixar influenciar. Ele chamou minha atenção dizendo que o afastar-se pode ser uma defesa, mas o aprender a conviver e controlar-se para não ser influenciável é uma conquista. Perguntou-me o que eu achava da atitude de um conhecido, pensei em responder mas disse apenas que não achava certo. Então ele me disse: E porque não acha certo? Eu não respondi. Ele seguiu falando, disse que por mais que eu considerasse errado, aquela era a verdade do rapaz meu conhecido, pra mim estava errado o que pra ele (o rapaz) estava certo... Quem éramos nós para questionar? Pensei que o melhor seria eu pensar, e desde então é o que faço... Acho certo, acho errado... Penso, analiso e afasto de mim tudo o que não me acrescenta... logo, esse amigo espiritual que me confortou com suas palavras pediu que eu transcrevesse aqui uma mensagem a qual ele ditou e eu, somente hoje, consegui permissão pra colocar aqui... segue então essa mensagem, como uma oportunidade de reflexão...

"E porquê corres e perturba-se pelo futuro, almejando as riquezas e esquecendo os amigos (?)... Os verdadeiros amigos... E modificas pensamentos, acreditas que desculpas tolas virão a resolver os seus desvios (?). Mas, e quando só a alma pesa, pois sabes que quando os problemas vierem a cair entre seus braços, então terá mudado toda a sua essência (?). E as pessoas o olharão com outros olhos, e já não mais conseguirão ser transparentes, pois vós a muito já não és transparente nem consigo mesmo. E olhas ao redor, és reconhecido, és um bom profissional dedicado e cheio de esperanças futuras... e além? Quando tiveres adquirido todos os diplomas desejados, todos os possíveis reconhecimentos, um salário pomposo, pessoas refinadas (embora incompletas) lhe rodeando... 

     Depois de estar em "sociedade", ter perdido a coerência, se afogado em luxos e confortos, ignorando os amigos verdadeiros... Então, o que será de veras valoroso ao despertar entre os irmãos espirituais? Teus diplomas de nada valerão, teus reconhecimentos tão menos importantes serão, pois de nada foram úteis na ajuda ao próximo (sempre pensando em si mesmo). Para nós não importa as roupas caras, ou grau de instrução...
     Tristes os pobre de espírito, que precisam de diplomas para sentirem-se dignos... tristes os pobres de espírito que não ajudam ao próximo por temer perder alguma coisa... Pois quem há de perder na ajuda de um irmão necessitado? Tristes os pobres de espírito que creem que basta servir aos infelizes espirituais e esquecem de doutrinar sua fé aos que possuem luz eterna... Tristes de nós que tentamos orientar a todos pelos caminhos do bem e da caridade e padecemos com a indiferença dos descrentes...
Que Deus ilumine a todos os pobres de espírito que não percebem o caminho a seguir e que a bondade divina esteja lhes tocando a alma para as oportunidades da evolução espiritual!"
                                                      "Espírito de Luz" 


                              fonte:http://www.frasesnofacebook.com.br/frases-de-carater/page/3/

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Que assim seja!




Depois de algum tempinho sem postar nenhuma mensagem, retorno eu com mais um momento de reflexão sobre a espiritualidade... Não estive alheia às mensagens dos nossos amigos, apenas impossibilitada, tecnologicamente de postá-las aqui... Aos poucos irei repassando os ensinamentos dos nossos queridos, que olham por nós, e sempre a prontos estão a nos acolher. Estive aflita com a situação de uma pessoa que muito estimo, talvez por algum elo de vidas anteriores, pois não faz muito a conheci. Transcrevo aqui, uma mensagem que, creio, possa ajudar essa pessoa e muitas outras que por ventura necessitem. Espero que ajude...


"Você, que sofre sem saber porque, que olha ao seu lado, pedindo ajuda, sem compreender quem de fato irá ajudar. Hoje, daqui onde me encontro, irei rezar por você... Admira-se? Espíritos rezam, minha filha, assim como vós precisáveis da oração. E oravas por tantos e em demasia, e quando mais preciseis baixais a cabeça e choreis. Porque? Chores com fé. Chores... mas não se culpe, não atormente-se, pois erros todos vós possuís, para isso reencarnastes... Chores, mas de felicidade pois há tantos cujas lamúrias poderiam com razão ser ouvidas por nós, desse plano, e esses não choram, não lamentam... erguem os olhos, a cabeça e o orgulho, aceitam seus defeitos e buscam o melhorar. E cada dia erram um pouco, mas cada hora acertam muito, com amor, carinho, paz e caridade. Olhais para o outro que ri, e veja as dores de sua alma... perceba o quão és capaz perante daquele que não crê, perceba o tanto que pode caminhar com as pernas da fé que tantos não possuem. Erga a cabeça, os olhos, o orgulho, orgulho de quem és e orgulho de quem podes ser... E quando a tristeza lhe parar as pernas, e medo lhe assombrar o espírito, e quando a realidade pairar na sua frente, aceita e segue... Pois por onde andares, estará diante de Deus e, nesse momento, lhe entregue a fé que carregas e Ele lhe devolverá a paz que procuras..."

                                               Amigo de Luz

Que Pai Oxalá esteja sempre conosco, nos abençoando e iluminando nossa caminhada... que consigamos sentir a pureza dos bons sentimentos e ajudar aos mais precisados... que nossos mentores estejam presentes em nossos pensares e que consigamos sempre ouvir os conselhos fraternos que nos enviam. Uma boa noite a todos e um lindo amanhecer, que possamos sempre uns contar com os outros e todos, juntos, contar com nosso Pai Maior!... Assim seja!

                                       C.E.U de Pai Cipriano

sábado, 15 de junho de 2013

DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS





DO LIVRO DOS ESPÍRITOS COM ESCLARECIMENTOS A SEGUIR DIRECIONADOS PARA TRABALHADORES DE UMBANDA

...Pág. 105 (O livro dos espíritos de Allan Kardec)

96. São iguais os Espíritos, ou há entre eles qualquer hierarquia?
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.”

97. As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número determinado?
“São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.
“Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.”

98. Os Espíritos da segunda ordem, para os quais o bem constitui a preocupação dominante, têm o poder de praticá-lo?
“Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.”

99. Os da terceira categoria são todos essencialmente maus?
“Não; uns há que não fazem nem o mal nem o bem;outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando se lhes depara ocasião de praticá-lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem antes na malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades, de que se riem.”


Nas casas de umbanda que pregam a caridade e não realizam nenhum tipo de trabalho em prol da maldade, cujos dirigentes e trabalhadores deixam para que a justiça de cada um seja aquela estabelecida dentro dos preceitos de Deus e assim carregando com muito orgulho o nome da Umbanda como sendo sua crença, nessas casas, as entidades que se manifestam são as entidades consideradas espíritos de segunda ordem, cuja preocupação inicial e essencial é a de fazer o bem sem olhar a quem, onde não temos o direito de fazer justiça com nossas próprias mãos e muito menos com a energias dos espíritos evoluídos, nossos mentores e guias guardiões. São casas onde a manifestação dessas entidades vem de forma benéfica e como uma maneira de ensino a não para propagar o mal, e sim orientar pelo caminho de luz, sempre dentro do perdão e do amor ao próximo. Casas de Umbanda são essas, que aceitam espíritos de segunda e de primeira ordem em seus trabalhos. Sendo os espíritos de segunda ordem, nas casas de umbanda que realmente praticam a caridade, onde os mentores seriam os pretos velhos, caboclos, dirigentes, cosmes, exús de lei... muito embora o nome seja relativo, pois até mesmo entidades atrasadas mentem seus nomes para conseguir seu espaço... Porém, em um trabalho justo dentro da caridade e só por ela, sem nenhum interesse material e/ou de poder, entidades iluminadas é que se manifestam e realizam seu trabalho espiritual... Espíritos de primeira ordem seriam os considerados Orixás, que são os espíritos que já passaram por todo o seu grau evolutivo, não mais precisam reencarnar, são já energias puras, os ministros do plano astral... Auxiliam com suas energias nos trabalhos de Candomblé e as Nações de Batuque... Embora seja utilizado materiais para os rituais de Candomblé e Nações de Batuque, essas entidades Orixás que se manifestam, não precisam de tais utilizações... Isso dá-se apenas como uma maneira de preservação de um ritual antigo, cujo é mantida uma categoria histórica que trazemos através de tais cultos, para que sejam sempre relembrados e cultuados com muita fé e carinho, e para que todos percebam de onde surgiram tais religiões e, longe do preconceito, aceitem como uma ideologia cultural de um tempo sem informações sobre a espiritualidade. Os orixás ou como dito, os espíritos de primeira ordem carregam em seu ser uma humildade extraordinária e não necessitam de todo o luxo que nós médiuns e seres imperfeitos que somos, entregamos a eles... 






Carregamos conosco sempre certos receios relacionados às casas de religião frequentadas. Sabemos que nem todas por maior que seja sua bondade "Teórica" praticam a caridade e sim muitas maldades na sua prática religiosa... Claramente notamos que essas casas seguem por um curso obscuro onde entidades levianas comandam trabalhos voltados para o mal e justificando para isso como sendo uma forma de "justiça". Não aceitamos como um trabalho de UMBANDA tais práticas e nem mesmo tais justificativas... Mas sejamos realistas: muitos médiuns utilizam o nome da nossa querida Umbanda para deturpar um trabalho lindo dentro da caridade. Em muitas dessas casas que trabalha-se a caridade mas também acabam por considerar justo a maldade por uma questão de "justiça" quem dirige tais trabalhos são as entidades de Terceira ordem, onde se enquadram aos que não fazem nem o bem e nem o mal, assim como aqueles que se satisfazem ao realizar maldades, há os mais levianos e zombeteiros que tendem a desvirtuar os trabalhos com sugestões maliciosas, assim como há aos causadores de intrigas, que se manifestam trazendo
"previsões" ou dando ordens a fim de perturbar a conduta dos trabalhos e desequilibrar os médiuns trabalhadores. São espíritos imperfeitos esses, pois ainda carregam sentimentos de raiva, ou ganância, rivalidades, vaidades, ciúme, necessidade de poder e de governar entidades que também são coniventes com esses sentimentos assim como aguçam e incentivam aos médiuns trabalhadores e/aos consulentes tais defeitos morais.






TERCEIRA ORDEM. – ESPÍRITOS IMPERFEITOS (do livro dos Espíritos de Allan Kardec)
101. CARACTERES GERAIS. Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes. Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo. A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus sentimentos. Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que sabem se confunde com as idéias e preconceitos da vida corporal. Não nos podem dar mais do que noções errôneas e incompletas; entretanto, nas suas comunicações, mesmo imperfeitas, o observador atento encontra a confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores. Na linguagem de que usam se lhes revela o caráter. Todo Espírito que, em suas comunicações, trai um mau
pensamento, pode ser classificado na terceira ordem. Conseguintemente, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um Espírito desta ordem. Eles vêem a felicidade dos bons e esse espetáculo lhes
constitui incessante tormento, porque os faz experimentar
todas as angústias que a inveja e o ciúme podem causar. Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é muitas vezes mais
penosa do que a realidade. Sofrem, pois, verdadeiramente, pelos males de que padeceram em vida e pelos que ocasionam aos outros. E, como sofrem por longo tempo, julgam que sofrerão para sempre. Deus, para puni-los, quer que assim julguem.



"Não se deixe enganar por palavras aparentemente bonitas, analise as mensagens transmitidas por qualquer entidade que se manifeste dentro de qualquer casa de religião. Ás vezes, entidades atrasadas conseguem manipular palavras bonitas de forma que o médium ou o consulente acabe sendo incentivado à prática do mal, pensando que está ajudando a uns não percebe que poderá estar prejudicando a outros... Ouça, veja, sinta, e pense: "Se você fizer isso ou aquilo, quem irá ser prejudicado? Poderá atingir a alguém?" Se suas atitudes acabarem por prejudicar essa ou aquela pessoa independente do carácter dela e do senso moral que ela carregue, então o que você fizer não é bom, porquê o que é bom e puro de fato deve ser produtivo e positivo a TODOS... Dentro da caridade não há erros, basta que não se aceite nenhum tipo de maldade e então estarás no caminho de luz... E aos que prejudicam e deturpam os trabalhos do bem? Esses receberão as consequências de seus atos, seja em terra, seja após o desencarne... Então, não os odeie, não os repudie... Compaixão é o que devemos ter com almas tão sofredoras!"
                                                                   Amigos espirituais

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Animismo e incorporação

    


Animismo [do latim anima + ismo] - 1. Teoria que considera a alma simultaneamente princípio de vida orgânica e psíquica. 2. O que é próprio da alma. 3. Para o entendimento espírita, é relativo aos fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano, isto é, exercida além dos limites do corpo.  
        Se tem por causalidade o Espírito desencarnado, o fenômeno denomina-se espiritual_ou_mediúnico; mas, se o Espírito é o do próprio encarnado, chama-se anímico.


Considero de grande importância para o aprimoramento moral do médium trabalhador, quanto ser religioso e responsável que deve ser, o conhecimento sobre o que é ANIMISMO. 

Algumas pessoas sentem energias, outras sentem vibrações, uns vêem entidades, outros ouvem vozes de seres invisíveis a seus olhos carnais... Há os que são intuídos, ou os que sutilmente percebem sensações... A isso chamamos mediunidade, quando o indivíduo é capaz de sentir o campo vibratório da espiritualidade que lhe rodeia e lhe envolve.

Porém o animismo se enquadra a indivíduos que independente de qual seja sua mediunidades (ou nenhuma mediunidade em alguns casos de médiuns mal intencionados), ele cria alguma situação inexistente. Por exemplo:

Joaquim tem uma mediunidade sensitiva. Em certa sessão, na casa onde trabalha Joaquim sentiu uma energia densa tomar a sala onde todos trabalhavam. Maria, médium também participante da corrente, cuja mediunidade é a visual, (ou seja, Maria vê as entidades com clareza e facilmente identifica cores e vestimentas) vê a entidade causadora de tal sensação e em torno dela a escuridão de sua alma. 

Joaquim diz:

- Estou sentindo uma vibração densa, e negativa, como se uma nuvem negra pairasse sobre a sala. Vejo um homem de terno e calças escuras, ele sorrí e diz olá...

Maria espanta-se, pois a entidade que está vendo é sim um homem, porém de roupas simples, camiseta, e sapatos, ele está sério e olha a todos. 

Essa situação descrita é uma forma de animismo, onde o médium sente as sensações do espírito, porém imagina qual a condição dessa entidade. Ele cria uma visualização em seu pensamento sobre o que poderia estar acontecendo com a entidade e/ou no plano astral, e transmite aos demais médiuns trabalhadores sua declaração sobre o fato que imagina ver. Joaquim, no caso, foi um médium anímico, pois ele não via a entidade de fato, e também não a ouvia dizer "olá", mas imaginou e transmitiu como sendo verídico.

O animismo na incorporação se dá quando o médium interfere na manifestação da entidade. No caso de a entidade desejar passar uma determinada mensagem, e o médium acrescentar mais as suas opiniões pessoais, ou idéias e imposições sobre o tema em questão. A essas interferências chamamos de animismo.

Há médiuns que apenas por sentir a energia dos seus mentores lhes envolvendo, agem como se estivessem incorporados... Será fingimento quando souberem que não estão incorporados e mesmo assim agirem como se fossem os seus guias, e será animismo quando o médium consciente realmente acreditar que está incorporado (mesmo não estando).

Os médiuns anímicos são pessoas necessitadas de doutrinação para os trabalhos espirituais que realizam, pois podem facilmente romper uma corrente firme ou dar passagem pra manifestações de espíritos zombeteiros. Essas "invenções" espirituais que os médiuns anímicos fazem pode desestabilizar por completo um trabalho sério e honrado como é o de conduzir e ajudar ao próximo... Afinal, como podemos ajudar aos outros com mentiras? Como podemos ajudar a alguma pessoa perturbada espiritualmente ou obsediada até mesmo, tendo na corrente médiuns anímicos, que imaginam entidades que não existem, dizem sentir coisas que não sentem, ou dizem ouvir coisas que não ouvem? Impossível!
 Uma corrente firme para um trabalho digno deve ser formada de médiuns responsáveis e trabalhadores sérios, que se empenhem no aprendizado e sejam transparentes em suas obrigações religiosas.

Como resolver o animismo?

Isso é uma questão de observação, tanto por parte do médium trabalhador, quanto por parte do dirigente dos trabalhos. Temos consciência de nossas atitudes e sabemos quando estamos indo por um caminho errado. Cabe ao médium errante aceitar a sugestão de corrigir-se... Ao notar-se o animismo em determinado momento do trabalho, deve-se sutilmente, conversar com o dirigente dos trabalhos e esse, então tomará as providências cabíveis. Em um primeiro momento chama-se o médium anímico para uma conversa em particular, pois a intenção não é constrangê-lo e sim ajudá-lo no seu aprimoramento pessoal e moral. Deve-se colocar todos os pontos e mostrar ao médium em que momentos ele esteve interferindo nos trabalhos, isso para que ele foque no erro e não os repita e também para que ele tenha consciência de que o dirigente sabe exatamente o que está cobrando do médium anímico em questão. Basta apenas analisar, nos próximos trabalhos as atitudes do médium, se estão melhorando ou ainda estão falhas, sempre chamando-o e mostrando pontos a ser melhorado...
Porém, temos visto que, nem todos os médiuns anímicos aceitam as sugestões de melhorar, se incomodam ao serem interpelados e visivelmente trabalham de mal grado... A esses, resta então o afastamento da corrente firmada, pois necessita-se de uma corrente firme, para um trabalho sério... Precisa-se de médiuns de carácter humilde e receptivos para o melhoramento de suas faltas... Aos demais perturbadores de um trabalho digno e firme, resta o afastamento para (quem sabe) a reflexão de suas atitudes em relação ao seu trabalho mediúnico.



           Meu Pai Oxalá!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que os felicitam a vida.
E ajuda-nos, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
  
               Axé



















segunda-feira, 13 de maio de 2013

Espíritos Sofredores

Como prometido na postagem anterior, hoje escrevo sobre "Espíritos Sofredores"


Durante nossas encarnações, moldamos aos poucos nosso carácter, revendo conceitos, atitudes e opiniões assim como também, sofrendo as consequências de nossos atos. Nosso objetivo inicial provém da espiritualidade donde carregamos a necessidade de evoluir dentro desta etapa energética em que nos encontramos, a fim de nos desprendermos da matéria e de bens materiais. Muitos espíritos porém, não chegam à compreensão da necessidade dessa evolução e permanecem presos na ignorância e vícios morais aos quais estão acostumados. Chegará, entretanto, um período em que encontrarão tais necessidades evolutivas. Enquanto isso permanecerão presos na matéria, nos vícios, nos seus defeitos morais e particulares, gozando das consequências de seus atos. Os espíritos sofredores, podem estar tanto no plano espiritual, assim como entre nós, nos observando, observando nossas falhas e nossas tristezas, nos impregnando com suas dores e sofrimentos (nesse caso, pessoas mais sensíveis a esses estados espirituais tendem a sentir tristezas que não são suas, dores que não condizem com doenças patológicas, angústias, apertos no peito, desespero, medos, etc)... Alguns desses espíritos agem de tal forma intencionalmente, outros porém não tem a compreensão do que lhes cerca. Muitos sofrem por não saberem como seguir em frente, ou como pedir ajuda... outros não sabem como elevar e nutrir sua fé a fim de aproximar mentores de luz para seu recolhimento na espiritualidade... Há aqueles também, que sofrem por vagar sem rumo e por serem vítimas de entidades trevosas, que carregam em seu ser a raiva, o ódio, o rancor, a tristeza, egoísmos. São esses os espíritos endurecidos, que já acostumados com a maldade e com seu estado evolutivo estagnado nas sombras, se compraz em perturbar aos irmãos espirituais mais fracos, desentendidos de sua condição, ou desorientados no plano em que estão. Muitos percebendo no médium um instrumento de auxílio para sua caminhada, tendem a aproximar-se desse a fim de conseguirem ajuda, um encaminhamento para um lugar iluminado e pleno de amor e orientações. Tantos outros vagam perdidos em busca de auxílio e não tem a percepção daqueles que podem lhes servir de apoio para uma caminhada mais iluminada. Demoram para encontrar ajuda, e por isso tendem a se juntar com outros semelhantes às suas condições, assim como também atrair tantos outros irmãos para o mesmo "pedestal" evolutivo em que se encontram. Alguns espíritos solitários sofrem por estar nessa condição de solidão. Esses, tendem a permanecer por longos períodos nesse sofrimento, justamente por serem receosos à aproximações daqueles que desconhecem, assim como também por não confiarem na ajuda dos irmãos de luz que vão constantemente em seu socorro. 




E como auxiliar esses espíritos necessitados?

Todos aqueles que necessitam de ajuda a encontrarão em determinada etapa de sua existência e dentro de suas necessidades primordiais. Por exemplo, aqueles que se comprazem em fazer o mal, e buscam outras entidades para perturbar e prender junto a si, carregam nisso uma necessidade primordial, a ajuda (para muitos) é considerada por eles desnecessária ou secundárias. De tempos em tempos, irmãos iluminados vão de encontro a essas entidades que sofrem, levando consolo, orientação, palavras amigas e uma tentativa de conduzir essas entidades para uma colônia de recolhimento, ou de tratamento moral/espiritual, ou hospital espiritual (dependendo da enfermidade na qual o espírito se encontra)... O fato é que em hipótese alguma entidades que vagam perdidas nas sombras, deixam de ser atendidas. Muitas simplesmente negam a ajuda, o auxílio que estão recebendo... Outras riem dos nossos amigos e de sua infinita bondade por não crerem que possam existir seres bons e puros lutando por sua salvação. E por este motivo acabam afastando de perto de si esses irmãos de luz, permanecendo nas sombras e padecendo com seus sofrimentos. Mas há de chegar o momento em que esses irmãos carentes de fé irão sentir necessidade da ajuda que irá aliviar o peso do sofrimento que carregam e é nesse momento que cuidará ao seu redor, clamará por auxílio, pela ajuda aos que, percebe, podem ajudá-los e de alguma maneira irão encontrar o que precisam, o remédio para sua alma. E nesse momento, de bom grado irão receber nossos mentores e suas orientações, assim como todos aqueles que trabalham na seara iluminada do Senhor Maior... Serão então encaminhados pela luz para a caridade, repleta de bons ensinamentos e orientações para essa nova jornada espiritual. Aos que continuam no caminho do sofrimento, cegos á luz que lhes abre portas para o seu melhoramento íntimo, procuremos ajudar elevando pensamentos positivos, acalentados de carinho e compreensão por suas falhas, pois tão iguais a nós, são seres imperfeitos necessitados de uma dose de fé e bons sentimentos... Façamos preces com pensamentos elevados ao nosso Pai Superior e peçamos por esses irmãos que não encontraram ainda a iluminação Divina.



Uma irmã necessitada

Eu visitava o Vale das Sombras quando percebi um choro constante, distante, mas não tão longe que não pudesse alcançá-lo. E segui indo, buscando nos irmãos que me acompanhavam as energias de que precisávamos para sanar tal pranto. Sentada aos pés de uma árvore morta e sem folhas, encontramos a jovem que chorava. Perguntei o porquê de tanta tristeza, ao passo que ela me respondeu estar perdida, queria o abraço e calor do colo da mãe, ainda encarnada. Tentara voltar mas não conseguira, também não sabia como chegara ali naquele campo deserto e sombrio e nem precisar quanto tempo estaria ali. Disse a ela que não se preocupasse que logo a levaríamos para ver a mãe, menina essa de uns 20 anos, cuja resistência em nos acompanhar atrapalhávamos um tanto, mas não o suficiente para que desistíssemos dela. Ela perguntou-me o que estava eu fazendo ali. Disse que ando sempre por esses lados e já muitos amigos encontrei aqui, amigos que ainda permaneciam ali, outros que seguiram com ele para uma morada mais iluminada. 
A jovem olhava-me atenta e como em curiosidade pelo que eu contava parou aos poucos de chorar e concentrou-se na história. Disse-me que desde que chagara ali, não viu uma "viva alma"... Eu ri, ela não entendeu o porquê, e disse-me sentir uns arrepios gélidos envolvendo-a vez por outra, mas como se prendessem-na naquela árvore, ela não conseguia dali sair. O medo de perder-se ainda mais era intenso e como que em um choque se desprendia de algo que não sabia descrever. Expliquei ser a sensação do desprendimento corpóreo, que a condição dela era agora a mesma de um irmão desencarnado. Ela chorou perguntando o que fizera para estar em lugar tão obscuro, presa em uma árvore ressecada e sem vida, com calafrios e sensações desagradáveis que a atormentavam constantemente... Disse a ela que olhasse bem para aquela árvore, que olhasse bem em sua volta. Ela olhou, observou, pensou e disse-me que lembrava daquele lugar. Sim, era o lugar onde ela costumava descansar todos os finais de tarde, só, porquê não gostara de companhias. Logo irritava-se com que a estivesse acompanhando e preferia o silêncio, a solidão. Ali, nos pés daquela árvore chorava suas tristezas, fazia suas lamentações e quando descobrira as dores físicas, as limitações psicológicas e o esgotamento do seu corpo material dando sinais já de falhas e de seus últimos tempos de vida terrena, chorou, ficou braba, odiou a Deus. Mas ela não estava ali por ter odiado a Deus, mas sim por acreditar que ele a tinha abandonado, que mais uma vez ficaria sozinha. Passara em sua cabeça como seria sua morte, sentia pena de si mesma, sentia raiva de seus pais por não a terem feito saudável, e foi ali, nos pés daquela árvore que descontou todos os seus sentimentos, e daquele lugar ela já fazia parte... Ali era seu mundo. O mundo de seus pensamentos, o lugar dos seus sentimentos. Convidei-a a vir comigo, ela tentou por um instante, mas logo pedindo-me desculpas disse que não conseguiria seguir, algo realmente a prendia ali.
Voltamos para nossa colônia, eu e os irmãos que comigo estavam, além de outros necessitados que aceitaram nossa companhia. Realizamos nossas tarefas e algumas semanas se passaram. Foi-me designado retornar ao Vale e visitar minha amiga perdida. 
Ela olhou-me chegando, estava fraca, olhava-me ainda com curiosidade... Perguntei como estava, ela disse que a doença continuava piorando, que achava que ia morrer de novo. Mais uma vez eu ri, disse que talvez ela simplesmente precisasse de ajuda, porque a morte física já estava consumada. Ela perguntou-me porque sentia fome e sede se já não era mais humana. Porque parecia estar viva se já estava morta. Respondi que as sensações do corpo ainda eram sentidas até que ela aprendesse a desapegar-se das amarras materiais que a prendiam à Terra. Logo, com tratamentos com base em fluídos e energizações, não mais sentiria necessidades fisiológicas. Bastava que ela aceitasse a ajuda, mais uma vez ela tentou vir em minha direção e acompanhar-me embora muito debilitada. Mas sentia-se mal, irritada muito tempo com minha presença e mandava-me embora... Três mais visitações foram suficientes para que ela decidisse seguir comigo para o tratamento espiritual de que estava precisando. Nós fomos em grupo buscá-la, deixamos que o corpo dela entrasse em uma espécie de torpor, levamo-na para um hospital de reabilitação onde fizemos várias sessões de energização, fluidificação e cicatrização das feridas espirituais que consumiam seu espírito de forma assustadora. Em poucas semanas, ela estava já disposta, ainda não em um convívio muito social, não gostava de sair do quarto, implicava com as enfermeiras, mas aceitava minhas orientações de estudo, embora me olhasse com um olhar condenador quando eu sugeria algum trabalho em grupo ou alguma atividade mais sociável dentre outros irmãos também em recuperação. Suas feridas estavam ainda sendo tratadas, tamanha profundidade se fizeram... Quanto mais impregnado o espírito de doenças, mais demorada é a recuperação do mesmo. Ainda hoje a jovem está sendo assistida e tratada. Realiza um trabalho que ocupa uma hora de seu tempo em uma atividade coletiva na recepção de alguns pacientes. Está aos poucos se adaptando e aceitando sua condição. Mostra-se bem disposta a cooperar em sua evolução. Temos combinado que daqui alguns dias o horário de trabalho em grupo será aumentado, o que por ora a deixa inquieta, mas está amadurecendo a idéia de ser gentil e aceitar os irmãos como sendo iguais a ela, com limitações e dificuldades. Está ansiosa por rever a mãe, mas infelizmente por hora não será possível e já a informei disso. A visitação nesse momento poderia dificultar sua recuperação pois relembraria traumas, discussões e tristezas que antes eram parte da jovem e que hoje, estão sendo sanadas aos poucos, mas que podem reviver a qualquer momento. Nosso trabalho na espiritualidade, é realizado com muita cautela afim de que as provações sejam observadas e reparadas e não uma forma de perturbar e machucar o espírito que está aprendendo. Que ainda consigamos ajudar a muitos, e que Deus em sua sabedoria Suprema esteja em todos os lugares inclusive dentro de todos! 
                                         (Pai João da Caridade)








domingo, 14 de abril de 2013

Obsessores



"Quando um Espírito, bom ou mau, quer atuar sobre
um indivíduo, envolve-o, por assim dizer, no seu perispíri-
to, como se fora um manto. Interpenetrando-se os fluidos,
os pensamentos e as vontades dos dois se confundem e o
Espírito, então, se serve do corpo do indivíduo, como se
fosse seu, fazendo-o agir à sua vontade, falar, escrever, de-
senhar, quais os médiuns. Se o Espírito é bom, sua atua-
ção é suave, benfazeja, não impele o indivíduo senão à práti-
ca de atos bons; se é mau, força-o a ações más. Se é perverso
e malfazejo, aperta-o como numa teia, paralisa-lhe
até a vontade e mesmo o juízo, que ele abafa com o seu
fluido, como se abafa o fogo sob uma camada d’água. Fá-lo
pensar, falar, agir em seu lugar, impele-o, a seu mau grado,
a atos extravagantes ou ridículos; magnetiza-o, em suma,
lança-o num estado de catalepsia moral e o indivíduo se
torna um instrumento da sua vontade. (OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec) "

 Todos os nossos pensamentos influenciam para o nosso bem estar espiritual... Se possuo pensamentos positivos e bons, que ajudam na minha conduta moral e formação de um carácter digno, então gero um campo fluídico em torno de mim com boas vibrações e mentores de luz conseguem auxiliar minha caminhada como bons amigos orientadores... Mas se eu possuo pensamentos negativos, tristes e desmoralizantes, formo um campo de vibrações baixas em torno de mim e isso permite que entidades inferiores consigam se aproximar e me influenciar através desses pensamentos. Alimentam essa idéias ruins, errôneas e mesquinhas; incentivam os defeitos que possuo em meu ser e minha conduta torna-se duvidosa perante o meu caráter e minha dignidade. Assim entidades levianas apoderam-se de minhas vontades e acabam por conduzir minha vida por este ou aquele caminho, mesmo contra minha vontade, essas entidades abafam minha consciência. 

Escrevi dessa forma pra que o leitor consiga compreender de forma fácil a atuação dos espíritos a partir de nossos pensamentos. E como afastar entidades obsessoras? Ter força de vontade e fé é um bom começo embora nem sempre baste... Em casos em que o obsessor já está extremamente afinado com a pessoa necessário é que se tenha uma assistência espiritual, mas a pessoa obsidiada tem de se ajudar...  


E como? 
Com bons pensamentos, alterando sua consciencia para as coisas boas, pedindo ajuda aos seus mentores, o obsediado começa a se ajudar. Mas além disso vigiar seus pensamentos e suas atitudes, exercitar a humildade, tentar reparar seus defeitos e melhorar sua conduta moral. Saber enxergar-se a si mesmo, refletir "como eu sou?" "é certo o que estou fazendo?" "humilhei? desprezei? xinguei? eu sou assim? " "Porque eu fiz isso?" Porque estou pensando essas coisas"... O refletir sobre si e suas atitudes auxilia muito aos que realmente querem seu melhoramento pessoal e espiritual. Após essas percepções e da vontade de melhorar e progredir moralmente, e sempre com o exercício de bons pensamentos, o campo vibratório impregnado de fluídos negativos começará a se dissipar e dar espaço aos bons fluídos, eis a limpeza espiritual... Por vezes se dá de formas leves e demoradas, por vezes essa limpeza é mais rápida... Isso depende da quantidade de energias impregnadas e a densidade dessas energias. Isso há de começar a desprender a energia que afina a entidade obsessora com o obsediado. Nesse momento a entidade há de revidar, porém tentar novamente com novas estratégias se apoderar desse espaço que está a se perder e é nesse momento que o obsediado deverá se manter mais firme em relação a si, suas atitudes e pensamentos e a vontade de estar bem espiritualmente. Muitas pessoas pelo simples fato de gostarem de causar pena aos outros, de sentirem-se bem por se acharem vítimas disso ou daquilo, acabam por cair nas amarras inferiores e isso é a permissão para que energias permaneçam ou se formem impregnando novamente o obsediado.


O vigiar dos pensamentos, o recolocar as idéias em ordens, o se auto analisar, ver os pontos fracos e tentar fortalecer esses pontos, o se reenergizar espiritualmente, o crer nos amigos espirituais da bondade Divina são exercícios de fácil compreensão, porém muito dificultosos de realizar... Em seu princípio pode parecer difícil, porém com o passar dos dias, das semanas, dos meses, torna-se uma prática diária e até prazerosa de realizar (àqueles que com fé as praticam)... Torna-se parte de nosso ser, assim como as roupas que usamos... É uma forma de cuidar da nossa saúde espiritual, prezar pelas nossas energias revigoradas e não deixá-las a mercê de entidades inferiores, que nada mais querem além de perturbar nossa evolução... Próxima postagem irei falar sobre essas entidades, seres sofredores que vagam, perturbam e esses que tentam obsediar aos vulneráveis de espírito!

 "Aos filhos que almejam a cura espiritual, assim como soltar-se das amarras obsessivas. Aos que desejam um conforto, respostas para seus sofrimentos e motivos para seu melhoramento interior... Saibam, nada mais belo e eficaz que a fé. Não a fé falada, mas da fé sentida. Essa fé é aquela que conduz o indivíduo rumo ao encontro do seu eu espiritual, ao encontro dos amigos de luz que acolhem a todos, encarnados e desencarnados, independente de sua evolução... Não desistir de ir além, de conquistar boas vibrações, de estar em ambiente tranquilo repleto de luz e tranquilidade... Eis aí o caminho para a serenidade, para o bem estar, para a paz interior. Buscai sempre ajuda com amigos, especialistas, médiuns, nas religiões, mas antes de tudo buscai ajuda dentro de si mesmo, no seu remédio mais caseiro e mais particular que se chama FÉ! (Em nome dos irmãos de luz)"


Aos poucos retorno ao tema ''Obsessores", isso porquê o assunto é complexo, existem N motivos e situações para que uma entidade seja capaz de influenciar, assim como vários são seus objetivos para tal dominação... Aos poucos abranjo o tema, com este ou aquele detalhe a mais, isso para que a leitura não fique cansativa em toda sua extensão... Espero que tenha sido uma leitura proveitosa a todos!!!


















domingo, 3 de março de 2013

A história de um suicida

" Percorri muitos caminhos para chegar té aqui, andei começando e desistindo em muitas portas e entradas, bastava que eu encontrasse um minúsculo obstáculo em minha caminhada para que logo desistisse do "continuar"... Mas o que era esse tal "continuar" se estamos sempre continuando? Querendo ou não, o continuar é um fato e não uma escolha. Em minha última encarnação eu desisti, jovem ainda, da minha vida. Matei-me o corpo material. Acreditei que fazendo isso acabaria com meus problemas, quando na verdade criei tantos outros. Conto hoje a história dessa vida que continuou mesmo após a morte.

Filho de rígida educação, cresci com bons estudos e boas oportunidades, geradas sempre pelos esforços de minha mãe e de meu pai. Construi uma carreira que seguia tantos os conceitos da época, quanto da sociedade e era considerado digno por bela família que formei. Tinha todas as possibilidades de felicidade: uma bela esposa, lindas filhas e uma ótima família que a tudo me apoiavam. Era querido por amigos, conhecidos e vizinhos... Conheci pessoas de boa índole assim como de má... Conheci os vícios, não possuía uma vida religiosa ativa, mal acreditava em Deus... mal acreditava em mim! Hoje relatarei minhas falhas com a consciência de alguém que busca pela reparação de erros... Demorei muito para entender que eu devia perdoar a mim mesmo, e não buscar o perdão dessas pessoas que acabei por abandonar pelo desencarne. Para meu espírito foi difícil a compreensão, embora hoje ela seja clara e eu consiga partir para rumos mais abrangentes de uma caminhada iluminada. Os vícios me levaram a lugares ruins, envolvi-me com pessoas de carácter sujo, pessoas que queriam sempre mais e faziam-me querer também sempre mais... Assim de uma vida basicamente satisfatória, passei para um entendimento errôneo do que é a felicidade e para mim a felicidade era ter mais tudo... mais dinheiro, mais bens, coisas caras e de valores... a família deveria me acompanhar nesse raciocínio da "felicidade perfeita", do conforto, do luxo, das alegrias desmedidas por ter e ter e ter... Mas minha esposa não via as coisas dessa forma, dizia-me que nossa família estava bem como estava, pelo pouco que tínha-mos ainda assim éramos felizes. Ao passo que eu pensava: Somos felizes? Nessa miséria? 
Eu saía, bebia, e esses pensamentos me perseguiam. Voltar para uma casa simples, ver a mesma mulher me esperando com os mesmos sermões e as mesmas ladaínhas... E assim começava a briga, e brigávamos. Eu quebrava coisas, ela ameaçava ir embora, eu bêbado não ligava, dizia que fosse...
Aqueles que se diziam amigos, sugeriam de fato a separação, mas eu amava demais aquela mulher para viver longe dela, mas como dar a ela todo o luxo que eu gostaria? As contas chegavam, o dinheiro era pouco, acabava por gastar boa parte nos bares com amigos, digo, os falsos amigos... 
Eu não via as contas, os problemas com meu superior, o fato de ter filhos pra sustentar, como sendo uma forma de aprendizagem, ou obstáculos a serem ultrapassados, ou mesmo sendo um desígnio traçado por mim mesmo para ser humilde e dar valor às coisas boas que a vida nos apresenta, por menor que sejam. Eu via simplesmente como sendo uma desgraça e ponto final.
Certa noite, chego eu após mais uma noitada com "amigos". Conversas de bar me deixaram deprimido, algo dizia que estava demais aquela situção... Eu deveria acabar com tudo aquela noite: Desisto... (eu pensei) 
Entrei no banheiro e como um suícida desencarnei. Eu acreditava de fato que o homem virava pó após a morte... Então estava eu lá, parado ao lado do meu corpo, minha esposa desesperada gritava pedindo ajuda, vizinhos ligavam para polícia, outros iam acudir... os meus pequenos anjos, pouca coisa entenderam naquela noite. Eu gritava dizendo que não havia morrido, eu estava ali, parado. Eu não virei pó, eu não virei luz como ouvi certa vez minha mãe contar e falar sobre espíritos (hoje percebo que a luz vem com a evolução e por ela que continuo, já que continuar é um fato, que seja para o bem). E o fato é que eu estava ali, ainda um homem... eu sabia que com tudo o que tinha acontecido, não tinha possibilidade nenhuma de eu ter sobrevivido, sabia que eu estava morto, eu estava vendo aquele corpo, jogado no chão, sangrando, sentia dores de revoltas com minhas atitudes. Olhei pro lado e vi um senhor, disse-me ser um amigo, eu confirmei minhas escassas dúvidas: Sim eu estava morto...
 Eu conhecia aquele homem, e quando pude de fato vê-lo enxerguei meu avô, falecido ainda quando eu era criança. Senti-me um ignorante, um fraco, um qualquer, diante de minha atitude, revoltei-me, como pude eu querer tantas riquezas quando na verdade eu podia sentir a dor de minha esposa vendo-me ali, sabendo que jamais veria-me novamente... Eu iria protegê-la, a partir daquele momento mais do que nunca... mas meu avô disse-me que agora não era mais tempo, eu já havia rompido o laço de existência. Eu devia partir... Mas eu não aceitei, não parti. 
Acompanhei a dor de minha esposa, a saudade que minhas pequenas sentiam de mim, escutei histórias de atitudes minhas e grosserias que cometia dentro de casa sem ao menos dar-me conta de tais atos... Eu também sentia saudades, eu também queria fazer parte ainda daquela família, era a MINHA família.  Eu sofria!
Passou certo tempo, não sei ao certo, eu dormia ao lado de minha esposa como de costume, mesmo ela não me vendo e não sentindo eu estava ali, aonde ela fosse eu estava junto... eu deveria protegê-la. As minhas sensações de tempo eram muitos difíceis de perceber, pois cada adormecer e despertar meu eram alguns dias, alguns meses, que haviam se passado no plano terrestre. Estava tudo indo de forma tranquila, até um dia em que acordei-me e vi sentado à mesa um homem, tomando café da manhã, recomendando atitudes de minhas filhas no colégio, e outra criança chamando minha esposa de mãe... Logo percebi, fora traído! Ela colocara outro homem em meu lugar... Eu mandava ele embora, eu dizia pra ele que ela já tinha dono, eu era o marido dela, eu existia e eu repetia aos ouvidos dele o tempo inteiro que estava ali ainda e em todo o momento... Ele passou a desconfiar dela, acreditava que ela tinha amantes, que existia outro homem no lugar dele, que ela o traía... Começaram a brigar constantemente, ele já não confiava nela, era ríspido com as meninas e por vezes com o próprio filho. Ela chorava, sofria, pedia ajuda de algum lugar, e eu estava ali, dizia que ia lhe ajudar, então ela pedia que eu olhasse por ela... Sim eu olhava sempre e todos os dias! 
No outro dia novamente eu mandava ele embora, eu dizia pra ela que aquele homem fora uma má escolha, que ele não prestava pra ela, que jamais faria ela ser feliz... Ela começou a acreditar em minhas palavras, para ela eram pensamentos quando na verdade era eu lhe dizendo, lhe soprando... para mim aquilo que eu fazia iria preservar ela, minhas filhas, minha família...
Ele fora embora, ela sofria com ausência dele, isso me machucava profundamente, ela recordava o primeiro encontro deles, as primeiras brincadeiras, as primeiras palavras, os elogios. Sentia um misto de saudade com tristeza: como poderia ele ter mudado tanto? (pensava ela)
Fiquei brabo, triste, magoado... Eu queria quebrar tudo, queria que ela visse como EU fazia falta, consegui reproduzir alguns fenômenos na casa devido minha raiva, minha brabeza... Isso fora assutador o suficiente pra que ela procurasse um auxílio espiritual... Eu atormentava ela por pensamentos, por palavras que eu dizia a fim de deixa-la culpada, e conseguia com êxito. Certo dia então ouço ela em uma terreira conversar com uma das médiuns, que não estava incorporada, mas mesmo assim por inspiração transmitia a mensagem do guia que acompanhava ela. Ela dizia que a fé levava a todos os lugares, e tanto levava que ela havia ido parar ali naquela terreira assim como a entidade que estava perturbando ela (no caso eu). Que seríamos ajudados ambos, pois não basta ajudar a matéria, o espírito precisa de socorro também... ouvi os desabafos de minha esposa com aquela mulher... Fiquei de fato chocado com tamanho mal que eu lhe causava... Ela sentia dores, fraquezas, tonturas, isso pelo simples fato de minhas energias serem diferentes das dela, por ela buscar ajuda e eu não deixar ela ficar tranquila com minhas palavras tão carregas de rancores. Me perguntei como em sussurro o que poderia eu fazer par ajudar ela, pra parar de perturbar ela... ou melhor, para onde eu iria?
Olhei os trabalhos na casa de religião, vi os espíritos se acoplando nos médiuns, alguns pelos pontos externos onde o médium mexia a parte do corpo que o guia lhe dizia, vi outros sintonizados apenas pelo chacra central, diretamente pela cabeça, os movimentos do médiuns seguiriam através de ligação direta com o sistema central espírito/material. (Fato que passei a entender depois de certo tempo já com as explicações dos mentores que hoje me auxiliam)
Também vi muitos fingindo, mas pelo bem das consultas os mentores da casa não permitiram que minha esposa passasse para consultar-se nos demais, somente nos necessários. Enquanto não saberia o que fazer tentaria não mais lhe falar nada, iria acompanhá-la, até que encontrasse o meu rumo e um sentido para minha condição. Em uma noite vi minha esposa chorar, queria perguntar porquê, queria abraçá-la, mas eu tinha me comprometido comigo mesmo a não prejudica-la. Vi então, meu avô ao lado dela. Ele disse-lhe: Reze, minha filha. Deus existe! 
Ela nesse momento sussurrou: Se Deus existe tem que me ajudar, também sou filha Dele... 
E começou a rezar, eu acompanhava sua prece e tamanha era sua devoção que eu rezei junto. Fechei meus olhos, e pedi por ela, por minhas filhas, por minha mãe e por meu pai. Também pedi por minhas irmãs, emboras essas tivessem dado continuidade as suas vidas, ainda assim faziam parte de mim.
Abri meus olhos, qual não foi minha surpresa quando percebi que não estava no lugar aonde era a minha casa... Olhei em volta, parecia-me uma escola. Sim, deparei-me com mesas e cadeiras, um espaço amplo como que para apresentações. Abri a porta da sala e não via ninguém passar. Aquilo era estranho para mim, mas não me assustava. Reparei um homem parado, parecia-me um guarda, aproximei-me e perguntei aonde eu estava. Ele me respondeu: No refúgio dos soldados! 
Perguntei aonde eu poderia falar com algum responsável, onde eu poderia ter informações. Ele mostrou-me uma porta no final de um corredor. Fui até lá.
Entrei e para minha surpresa vi minha esposa lá, ela falava com um moço jovem e alto de cabelos claros e olhos grandes. Ela olhou-me e veio em minha direção, eu sem deixar ela falar nada disse que estava sempre com ela mas que seguiria daqui pra frente. Ela chorava, e o jovem alto a acompanhou até certo ponto no qual não mais a vi. Indaguei a ele: Como explicar isso? Ele disse-me que ela havia adormecido e seu espírito teria sido carregado para uma despedida mais saudável de minha parte. Mas que logo deveria acordar e que não deveríamos prende-la no astral. Eu tinha muitas dúvidas. Queria saber como fui parar ali... O rapaz respondeu-me que minha fé levou-me para meu lugar de merecimento... eu deveria ali aprender muitas coisas, muitos valores... Amigos já falecidos, que também eram soldados quando encarnados e que muito ensinaram-me quando entrei pra essa lide de recrutas, haveriam de me receber e mais uma vez ensinar-me e conduzir-me, porém, agora no plano espiritual... Não mais posso dizer, senão que melhor maneira de redimir-me que essa, lhes contando minha história, na tentativa de transmitir-lhes força para que não desistam dessa caminhada que é a vida terrena. Façam aos seus familiares e amigos pessoas felizes... Doem o seu melhor sem esperar nada em troca... Entendam que o homem pobre é aquele que não dá valor aos bons sentimentos e à fé. Peço que eu cumpra meus objetivos espirituais. 
No tempo de vocês, fazem anos já que formulei essas palavras, mas somente hoje, foi-me permitido vir repassar tal história.
Sinto-me feliz. Hoje ainda mais, daqui a um tempo terei liberação para ver aqueles que deixei com o desencarne... Ei de suprir saudades, virei para uma breve preparação, ainda não sei ao certo para quê, mas confio naqueles que estão me conduzindo e sei que tudo o que Deus resignou para mim será cumprido e o farei com imensa alegria. 
Não se deixe abater por problemas nem por dificuldades. Não se entregue as desistências, não se deprima, não se abata... Busque sempre uma resposta, entenda sempre que os obstáculos que a vida lhe apresenta é para fortificá-lo e não para derrubá-lo. E quando você souber lidar com tais obstáculos, então estará preparado para ser um homem digno da sabedoria divina!

Me despesso desejando boas energias a todos e muita luz na caminhada espiritual e terrena de cada um de vocês!
                  
                                Mensagem de um irmão suicida"



  Peço sempre antes de minhas publicações, orientações, esclarecimentos, pergunto sobre o que escrever, peço belas mensagens e bons ensinamentos aos nossos amigos, que com muito gosto aprovam a divulgação não da nossa religião, a Umbanda, mas sim a divulgação de um trabalho tão belo e tão significante na vida de médiuns trabalhadores e simpatizantes do trabalho espiritual no nosso plano material, em um caminho que nos conduz à luz e ao aprendizado sobre tudo o que nos guarda o plano astral inviśível aos olhos de tantos. Que a mensagem que repasso hoje, seja tão bela quanto as outras aqui  já publicadas e que possamos todos aprender juntos com a humildade e sabedoria dos nossos amigos mensageiros e daqueles que, como nós, buscamos a evolução para um bem maior...

                                          Nota: Cynara Miralha

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Organização dos espíritos...



Na espiritualidade há planos, metas, objetivos e missões... Há tarefas a serem realizadas, há estudos a serem feitos, há assembléias, há escolhas e decisões...
Um mentor quando trabalha conosco em nossas incorporações, escolheu-nos sim, para tal trabalho. Mas isso não significa que ele manterá sua mesma função pelo resto de nossa encarnação. Por vezes um guia é designado a vir para um trabalho de incorporação temporária, onde ele vai doutrinar o seu médium ao recebimento a partir da incorporação e após essa doutrinação, ceder espaço aos demais mentores que estarão por vir para tal desenvolvimento. Isso não são escolhas nossas enquanto médium, e sim uma designação espiritual, onde foi realizado todo um planejamento no plano espiritual e onde tais tarefas foram já formuladas e logo, na encarnação proposta colocada em prática. É muito comum por exemplo, uma pessoa começar a trabalhar com uma preta velha e logo após um tempo de doutrinação começar a receber um preto velho e trabalhar com ele nos trabalhos seguintes e manter-se com esse até o fim de sua jornada nessa encarnação... Isso não quer dizer que não vá mais se receber a preta velha em questão, ela continuará vindo, mas com menas frequência, esporádicamente, quando necessário seja realizar esse ou aquele trabalho ao qual a energia com que ela trabalha possa auxiliar e ajudar nos trabalhos religiosos...
Mas isso são acordos e entendimentos sobre suas funções no plano espiritual... essas entidades que vem para uma doutrinação inicial e logo dão lugar a outros guias, elas não estão sendo recusadas pelos filhos que as recebem, ao contrário, elas ficam felizes com essa aceitação do médium, já que assim ela poderá seguir sua caminhada cumprindo as demais funções que carrega no plano espitual, realizando outros trabalhos de sua competência que estarão elevando suas energias a uma evolução maior.

Sejamos compreensivos com as desigações divinas e entendamos que um espírito não precisa somente da matéria para sua evolução e sim, de boa conduta, um bom entendimento moral, boas atitudes, uma consciência aberta para o recebimento do que é bom e produtivo. Assim, que as funções espirituais enquanto religião é uma oportunidade que a espiritualidade nos oferece para que possamos evoluir dentro de nossas limitações e entendimentos, enquanto igualmente nossos amigos espirituais evoluem dentro de suas necessidades ao realizarem esta obra dentro do amor e caridade. Porém suas funções na espiritualidade não se limitam somente às incorporações em terreiros, ou trabalhos em mesas kardecistas, ou auxiliando em um culto religioso... as funções espirituais são mais amplas dentro de suas competência e as entidades que carregamos como guias não ficam 24 hrs em nosso redor... Sim, sempre temos um guia, um mentor perto de nós, olhando por nós e nos orientando quando lhes pedimos ajuda, mas não é o mesmo sempre...

Por exemplo: O mentor que está comigo, designado a me acompanhar nessa encarnação é o seu Alberto, o qual sempre deixa mensagens ou ensinamentos que transcrevo aqui nas postagens do blog... Esse amigo espiritual, embora esteja comigo a maior parte do tempo, ainda assim ausenta-se de vez em quando para outros trabalhos que são de suas funções na espiritualidade, como por exemplo, mês passado fora receber um irmão que desencarnara e encaminhá-lo para as colônias espirituais... para mim foram um mês de sua ausência, para ele no plano espiritual, algumas horas somente, devido a diferença do tempo entre os planos que nos separam... Mas eu não estava só, ora meu querido preto velho Pai João me acompanhava, ora o Pai Ogum Iara... não estamos sós, e os nossos guias mantém suas responsabilidades no plano astral tal qual eles mantém suas responsabilidades no plano material... no caso da ausência de seu Alberto, ele vinha somente em dia de sessão, quando era de necessidade sua manifestação, e logo após os trabalhos partia novamente para suas lides espirituais...

Não posso, não quero e não devo tentar interromper tais trabalhos e tais organizações espirituais, afinal, mesmo que eu tentasse não conseguiria, já que não cabe a mim a coordenação dos trabalhos de nossas entidades e sim daqueles que estão já a mais tempo no plano espiritual, com uma evolução superior, ministrando os trabalhos e atividades dos irmãos trabalhadores astrais... Assim que, toda a designação maior seja aceita de bom grado, os mentores espirituais que estão em nosso redor sejam bem recepcionados pela nossa fé e que tenhamos sempre aceitação em recebê-los, seja nos trabalhos de doutrinação, seja somente em sua companhia espiritual!



 "Que a fé esteja sempre sobre vós, abrindo vossas mentes para as aprendizagens da vida... Todo aquele que desejar ser superior antes de sua evolução, tropeçará nas amarras de ignorância que estarão criando nas suas imperfeições humanas ao alimentar a vaidade do poder e do ego... (Sr. Tata Caveira - de C.E.U de Pai Cipriano) "

sábado, 9 de fevereiro de 2013

...e após a morte...



O que acontece após a morte?

O ser que desencarna é recebido, no plano espiritual, por irmãos desencarnados  a mais tempo. Mentores que cuidaram desse espírito enquanto ser encarnado e que agora o recebe em seu retorno ao plano da espiritualidade, tem a missão não somente de receber mas também de encaminhar esse espírito a uma colônia espiritual. Nessas colônias cada espírito que ali habita tem uma função e cada espírito que chega recebe igualmente uma tarefa... A primeira função de todas: estudar e aprender, depois de sua reabilitação e entendimento da morte do corpo material...
Sim, após o desencarne o corpo espiritual tem de se adapatar nesse plano em que se encontra, assim como aprender a diluir alguns vícios e defeitos que tende a carregar do plano material. Na espiritualidade, ensinam-se a cura de traumas, rancores, maus sentimentos... ensina-se o corpo espiritual a não ter necessidades materiais, bastando apenas que se usem fluídos para a energização e alimentação desse espírito.
É um aprendizado árduo e por vezes penoso para aqueles que ainda se encontram presos nos prazeres e necessidades da matéria, mas aos que aceitam de bom grado tal mudança, ela torna-se prazerosa com as conquistas nas realizações de cada tarefa e aprendizagem propostas.

Isso acontece em todos os casos?

O recebimento pelos espíritos de luz sim, em todo desencarne deste ou daquele espírito, tenha sido ele bom ou malévolo em sua vida de ser encarnado... Independente de seu contexto moral, independente de seus defeitos e sua maldade interior, por pior que esse espírito tenha sido, nossos irmãos de luz os recebem na espiritualidade com braços abertos prontos a encaminha-los para uma colônia de luz e de reabilitação espiritual... O fato é que nem todos os espíritos desencarnados aceitam essa condição de "morte", muitos também não aceitam a vida após a morte, se julgam ainda vivos... Há os que são orgulhosos em demasia e não aceitam a ajuda de nossos irmãos de luz, pois julgam encontrar sozinhos sua morada de prazer e felicidade e muitos acabam por encontrar entidades com iguais sentimentos de orgulho, ou vaidade, ou ambição, ou entidades com sede de vingança, e tendem a se "juntar" a esses grupos de espíritos, não aceitando assim, a ajuda e conforto dos amigos iluminados que os aguardavam.
Isso porque, mesmo vós seres encarnados tendem a aproximar-se daqueles que possuem qualidades semelhantes a suas, interesses parecidos com os seus, e quanto mais parecidos, mais amigos, mais juntos andam, mais vezes se encontram... Assim é na espiritualidade, quanto mais parecidos os gostos morais, defeitos e qualidades das entidades, elas tendem a aproximar-se ou afastar-se, indo cada um para um caminho ou colônia que se afine a seus gostos.

Um exemplo recente de desencarne no plano espiritual:

Josué, fora homem forte e valente em sua vida material... Ele lidava com cultivo de plantas e sustentava sua família com tal atividade. Desde jovem as enfermidades o abalavam, ora deixando-o de cama impossibilitando suas atividades, ora apenas deixando-o cansado e febril.
Fora um homem triste, severo e grosseiro em sua encarnação mais recente... Tratava as pessoas com deprezo, desfazendo sempre de seus esforços. Intolerante e impaciente estava sempre exigindo dos outros o que não era capaz de conseguir com suas próprias lides, como se o próximo fosse seu escravo e lhe devesse obrigações.
Quando lhe falavam de Deus Josué ria alto, perguntando aonde estava ser tão inexistente aos seus olhos...
Mas o homem é valente dentro de suas limitações... Josué veio a falecer. Fui designado a recebê-lo.

-Boa tarde Josué! Como está você?

Josué olhou em volta, não respondendo a meu cumprimento perguntou-me:

-Que lugar é esse?

-É o hospital... (respondi)

-Mas sinto apenas um leve dor... posso ir para casa já! (Disse-me ele)

-Não Josué... Você pertence ao plano espiritual, este não é o hospital de sua morada terrestre, e sim espiritual... ( respondi a ele enquanto percebia que ficara incomodado com o assunto)

-Não existem espíritos, ou fantasmas, nem nada do gênero! (disse-me ele um tanto raivoso)

-Venha comigo meu amigo, e lhe mostrarei as maravilhas que temos por aqui!

-Maravilhas? Nem lhe conheço e você quer me mostrar maravilhas? Vou para minha casa e isso é o que preciso... ( respondeu-me ele)

Em silêncio o acompanhei, mas ele não mais me via, estava preso à matéria, à sua casa, e a energia que o ligava ao seu lar material o atraía com mais facilidade devido ao seu desejo e crença de estar "vivo"... Nessas horas me pergunto: o que seria a morte? Permaneci observando, era naquele momento minha função...
 Josué anda, olha as ruas, não reconhece o lugar onde se encontra. Tudo muito semelhante, mas ao mesmo tempo diferente! Pára, pensa, fecha os olhos e tenta lembrar por qual rua seguir... seus pensamentos o levam sem que ele perceba à sua casa. Quando abre os olhos vê tudo exatamente como é, as coisas rotineiras sempre em seu mesmo ciclo diário...
Mas as pessoas não o notam, ele aproxima-se da porta de sua casa, sua esposa abre a porta e sai cabisbaixa olha para o céu e indaga a Deus por suas desgraças... Que Deus? Desde quando acreditara em Deus?  Mas para ela hoje é necessário a existência de um Deus...

Josué não aceitou minha ajuda, resolveu voltar para sua morada terrena, e provavelmente irá se frustrar quando seus entes queridos não lhe responderem, não lhe derem atenção, e quando perceber que não é de fato visto ou ouvido, então lembrará de minhas palavras dizendo que faz parte do plano espiritual... nesse momento então voltarei em sua ajuda e acolhimento, mas não sei ao certo se ainda acreditará em nossas colônias... Talvez ele compreenda com êxito e venha em favor de sua evolução, mas talvez o seu orgulho seja maior e não aceite estar errado quanto a espiritualidade, negá-la e prender-se no plano terrestre como se fosse um ser encarnado aproveitando-se como puder dos bens materiais que conseguir... Mas, aqui estou, invisível a seus olhos, distante de sua aceitação, o cuidando e o protegendo dentro das minhas possibilidades para quando ele puder me receber e me aceitar como amigo em sua jornada!

Isso acontece com muitos desencarnados que não aceitam a condição de morte corporal e vida após a morte... mas há outros casos, os quais contarei mais para frente.

Um desencarne bem aceito

Maria é uma irmã trabalhadora do plano astral... Ajuda no recebimento e encaminhamento dos irmãos desencarnados...
Em sua última encarnação Maria fora uma religiosa evangélica, servia e temia a Deus... Tinha a visão que nós, espíritos, éramos demônios e queríamos seu mal... Maria veio a falecer devido a um tumor em seu útero... Foram momentos de grande sofrimento o final de sua encarnação, e fora muito dolorosa para sua família a "morte" de Maria. Quando faleceu, Maria se viu fora do corpo, fora recebida por irmãos que a acompanhavam em sua caminhada terrena e minimizavam suas dores com fluídos de restabelecimento... A princípio não entendeu sua morte corporal, mas aceitou quando viu seu entes orando e pedindo por ela... ficou triste mas reconfortada com as orações... Em um segundo momento pensou que o irmão que a recebia era o demônio ludibriando sua visão para levá-la ao inferno... Antônio, o irmão que a recebia, perguntou-lhe: Então, diga-me... Para onde pretende ir?
Maria, com um olhar perdido, pensou, pensou... e respondeu:
-Eu deveria ser um anjo do Senhor!
Então, Antônio com seu olhar tranquilo e sereno, disse-lhe:
- Somos todos anjos do Senhor... Porque você seria um anjo e eu um Demônio?
Ela não soube responder-lhe, e depois de convencê-la que ele a acompanhava nos cultos, auxiliava em seus bons pensamentos, enquanto caminhavam pelo jardim de restabelecimento do hospital, ela aceitou conhecer a tão mencionada colônia das explicações de Antônio...
Ainda um pouco dolorida, andava com nosso amigo pelo jardim que levava a uma sala ampla e de agradável perfume, uma sala de vidro, com poltronas e flores espalhadas em pedestais decorando o ambiente. Maria olhou em volta, maravilhada com a luminosidade e harmonia do Local...
-Parece tão real! (disse ela encantada)
-É real, Maria... Não existe morte, apenas vida... e quanto mais aceita-se esse fato menos penosa é a partida de um mundo para o outro...

Maria rapidamente encontrou-se em atividades espirituais... Faz pequenas atividades, como cuidar de plantas, servir enfermos que regressam da matéria, assim como realiza atividades mais árduas, como atender espíritos mais revoltados, desleixados e que necessitam de uma boa oratória para sua aceitação sobre a espiritualidade... Maria realiza suas atividades com êxito e dedicação e muito em breve deverá reencarnar para um bem maior e necessário!

 Esses desencarnes são dois das milhares e milhares situações que vemos no plano astral... Existem casos tristes onde o desencarnado não aceita nossa ajuda, se revolta conosco, encontra entidades zombeteiras, apegadas a matéria e decide segui-las... Também existem os casos daqueles que desencarnam, e são recepcionados por irmãos mais atrasados e sem luz, que devido as baixas energias desse desencarnado, suas falhas de carácter e crueldade interior, acabam por encontrar esse tipo de força energética em seu desencarne, não deixando-nos que nos aproximemos em seu auxílio. Desencarnados escassos de fé, auto de si e de sua vaidade, acabam por ser levados nessas condições para profundezas de tristezas por entidades que se afinam com o sentimentos que ele carrega consigo... São histórias compridas para que eu possa conta- las nesse tempo que ainda resta, assim que deixemos para uma próxima oportunidade de estudo e aprendizagem... Deixo que repasse a todos minhas palavras, e que distribua meus sinceros desejos de Paz e Harmonia ao lar de todos que procuram auxílio e conforto, as respostas por vezes tardam, mas chegam. Porém, nunca tarde demais, e sempre no momento certo para que se possa valorizar!
               Do nosso querido amigo espiritual, Alberto Pereira


"Mais uma vez aprendendo, crescendo com a espiritualidade e compreendendo aos poucos a importância da aceitação da espiritualidade... Agradeço sempre pela proteção de nossos mentores e orientações desses guias que sempre vem em nossa direção esclarecendo e nos ensinando cada vez mais..."
                                                    Cynara Miralha