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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Organização dos espíritos...



Na espiritualidade há planos, metas, objetivos e missões... Há tarefas a serem realizadas, há estudos a serem feitos, há assembléias, há escolhas e decisões...
Um mentor quando trabalha conosco em nossas incorporações, escolheu-nos sim, para tal trabalho. Mas isso não significa que ele manterá sua mesma função pelo resto de nossa encarnação. Por vezes um guia é designado a vir para um trabalho de incorporação temporária, onde ele vai doutrinar o seu médium ao recebimento a partir da incorporação e após essa doutrinação, ceder espaço aos demais mentores que estarão por vir para tal desenvolvimento. Isso não são escolhas nossas enquanto médium, e sim uma designação espiritual, onde foi realizado todo um planejamento no plano espiritual e onde tais tarefas foram já formuladas e logo, na encarnação proposta colocada em prática. É muito comum por exemplo, uma pessoa começar a trabalhar com uma preta velha e logo após um tempo de doutrinação começar a receber um preto velho e trabalhar com ele nos trabalhos seguintes e manter-se com esse até o fim de sua jornada nessa encarnação... Isso não quer dizer que não vá mais se receber a preta velha em questão, ela continuará vindo, mas com menas frequência, esporádicamente, quando necessário seja realizar esse ou aquele trabalho ao qual a energia com que ela trabalha possa auxiliar e ajudar nos trabalhos religiosos...
Mas isso são acordos e entendimentos sobre suas funções no plano espiritual... essas entidades que vem para uma doutrinação inicial e logo dão lugar a outros guias, elas não estão sendo recusadas pelos filhos que as recebem, ao contrário, elas ficam felizes com essa aceitação do médium, já que assim ela poderá seguir sua caminhada cumprindo as demais funções que carrega no plano espitual, realizando outros trabalhos de sua competência que estarão elevando suas energias a uma evolução maior.

Sejamos compreensivos com as desigações divinas e entendamos que um espírito não precisa somente da matéria para sua evolução e sim, de boa conduta, um bom entendimento moral, boas atitudes, uma consciência aberta para o recebimento do que é bom e produtivo. Assim, que as funções espirituais enquanto religião é uma oportunidade que a espiritualidade nos oferece para que possamos evoluir dentro de nossas limitações e entendimentos, enquanto igualmente nossos amigos espirituais evoluem dentro de suas necessidades ao realizarem esta obra dentro do amor e caridade. Porém suas funções na espiritualidade não se limitam somente às incorporações em terreiros, ou trabalhos em mesas kardecistas, ou auxiliando em um culto religioso... as funções espirituais são mais amplas dentro de suas competência e as entidades que carregamos como guias não ficam 24 hrs em nosso redor... Sim, sempre temos um guia, um mentor perto de nós, olhando por nós e nos orientando quando lhes pedimos ajuda, mas não é o mesmo sempre...

Por exemplo: O mentor que está comigo, designado a me acompanhar nessa encarnação é o seu Alberto, o qual sempre deixa mensagens ou ensinamentos que transcrevo aqui nas postagens do blog... Esse amigo espiritual, embora esteja comigo a maior parte do tempo, ainda assim ausenta-se de vez em quando para outros trabalhos que são de suas funções na espiritualidade, como por exemplo, mês passado fora receber um irmão que desencarnara e encaminhá-lo para as colônias espirituais... para mim foram um mês de sua ausência, para ele no plano espiritual, algumas horas somente, devido a diferença do tempo entre os planos que nos separam... Mas eu não estava só, ora meu querido preto velho Pai João me acompanhava, ora o Pai Ogum Iara... não estamos sós, e os nossos guias mantém suas responsabilidades no plano astral tal qual eles mantém suas responsabilidades no plano material... no caso da ausência de seu Alberto, ele vinha somente em dia de sessão, quando era de necessidade sua manifestação, e logo após os trabalhos partia novamente para suas lides espirituais...

Não posso, não quero e não devo tentar interromper tais trabalhos e tais organizações espirituais, afinal, mesmo que eu tentasse não conseguiria, já que não cabe a mim a coordenação dos trabalhos de nossas entidades e sim daqueles que estão já a mais tempo no plano espiritual, com uma evolução superior, ministrando os trabalhos e atividades dos irmãos trabalhadores astrais... Assim que, toda a designação maior seja aceita de bom grado, os mentores espirituais que estão em nosso redor sejam bem recepcionados pela nossa fé e que tenhamos sempre aceitação em recebê-los, seja nos trabalhos de doutrinação, seja somente em sua companhia espiritual!



 "Que a fé esteja sempre sobre vós, abrindo vossas mentes para as aprendizagens da vida... Todo aquele que desejar ser superior antes de sua evolução, tropeçará nas amarras de ignorância que estarão criando nas suas imperfeições humanas ao alimentar a vaidade do poder e do ego... (Sr. Tata Caveira - de C.E.U de Pai Cipriano) "

sábado, 9 de fevereiro de 2013

...e após a morte...



O que acontece após a morte?

O ser que desencarna é recebido, no plano espiritual, por irmãos desencarnados  a mais tempo. Mentores que cuidaram desse espírito enquanto ser encarnado e que agora o recebe em seu retorno ao plano da espiritualidade, tem a missão não somente de receber mas também de encaminhar esse espírito a uma colônia espiritual. Nessas colônias cada espírito que ali habita tem uma função e cada espírito que chega recebe igualmente uma tarefa... A primeira função de todas: estudar e aprender, depois de sua reabilitação e entendimento da morte do corpo material...
Sim, após o desencarne o corpo espiritual tem de se adapatar nesse plano em que se encontra, assim como aprender a diluir alguns vícios e defeitos que tende a carregar do plano material. Na espiritualidade, ensinam-se a cura de traumas, rancores, maus sentimentos... ensina-se o corpo espiritual a não ter necessidades materiais, bastando apenas que se usem fluídos para a energização e alimentação desse espírito.
É um aprendizado árduo e por vezes penoso para aqueles que ainda se encontram presos nos prazeres e necessidades da matéria, mas aos que aceitam de bom grado tal mudança, ela torna-se prazerosa com as conquistas nas realizações de cada tarefa e aprendizagem propostas.

Isso acontece em todos os casos?

O recebimento pelos espíritos de luz sim, em todo desencarne deste ou daquele espírito, tenha sido ele bom ou malévolo em sua vida de ser encarnado... Independente de seu contexto moral, independente de seus defeitos e sua maldade interior, por pior que esse espírito tenha sido, nossos irmãos de luz os recebem na espiritualidade com braços abertos prontos a encaminha-los para uma colônia de luz e de reabilitação espiritual... O fato é que nem todos os espíritos desencarnados aceitam essa condição de "morte", muitos também não aceitam a vida após a morte, se julgam ainda vivos... Há os que são orgulhosos em demasia e não aceitam a ajuda de nossos irmãos de luz, pois julgam encontrar sozinhos sua morada de prazer e felicidade e muitos acabam por encontrar entidades com iguais sentimentos de orgulho, ou vaidade, ou ambição, ou entidades com sede de vingança, e tendem a se "juntar" a esses grupos de espíritos, não aceitando assim, a ajuda e conforto dos amigos iluminados que os aguardavam.
Isso porque, mesmo vós seres encarnados tendem a aproximar-se daqueles que possuem qualidades semelhantes a suas, interesses parecidos com os seus, e quanto mais parecidos, mais amigos, mais juntos andam, mais vezes se encontram... Assim é na espiritualidade, quanto mais parecidos os gostos morais, defeitos e qualidades das entidades, elas tendem a aproximar-se ou afastar-se, indo cada um para um caminho ou colônia que se afine a seus gostos.

Um exemplo recente de desencarne no plano espiritual:

Josué, fora homem forte e valente em sua vida material... Ele lidava com cultivo de plantas e sustentava sua família com tal atividade. Desde jovem as enfermidades o abalavam, ora deixando-o de cama impossibilitando suas atividades, ora apenas deixando-o cansado e febril.
Fora um homem triste, severo e grosseiro em sua encarnação mais recente... Tratava as pessoas com deprezo, desfazendo sempre de seus esforços. Intolerante e impaciente estava sempre exigindo dos outros o que não era capaz de conseguir com suas próprias lides, como se o próximo fosse seu escravo e lhe devesse obrigações.
Quando lhe falavam de Deus Josué ria alto, perguntando aonde estava ser tão inexistente aos seus olhos...
Mas o homem é valente dentro de suas limitações... Josué veio a falecer. Fui designado a recebê-lo.

-Boa tarde Josué! Como está você?

Josué olhou em volta, não respondendo a meu cumprimento perguntou-me:

-Que lugar é esse?

-É o hospital... (respondi)

-Mas sinto apenas um leve dor... posso ir para casa já! (Disse-me ele)

-Não Josué... Você pertence ao plano espiritual, este não é o hospital de sua morada terrestre, e sim espiritual... ( respondi a ele enquanto percebia que ficara incomodado com o assunto)

-Não existem espíritos, ou fantasmas, nem nada do gênero! (disse-me ele um tanto raivoso)

-Venha comigo meu amigo, e lhe mostrarei as maravilhas que temos por aqui!

-Maravilhas? Nem lhe conheço e você quer me mostrar maravilhas? Vou para minha casa e isso é o que preciso... ( respondeu-me ele)

Em silêncio o acompanhei, mas ele não mais me via, estava preso à matéria, à sua casa, e a energia que o ligava ao seu lar material o atraía com mais facilidade devido ao seu desejo e crença de estar "vivo"... Nessas horas me pergunto: o que seria a morte? Permaneci observando, era naquele momento minha função...
 Josué anda, olha as ruas, não reconhece o lugar onde se encontra. Tudo muito semelhante, mas ao mesmo tempo diferente! Pára, pensa, fecha os olhos e tenta lembrar por qual rua seguir... seus pensamentos o levam sem que ele perceba à sua casa. Quando abre os olhos vê tudo exatamente como é, as coisas rotineiras sempre em seu mesmo ciclo diário...
Mas as pessoas não o notam, ele aproxima-se da porta de sua casa, sua esposa abre a porta e sai cabisbaixa olha para o céu e indaga a Deus por suas desgraças... Que Deus? Desde quando acreditara em Deus?  Mas para ela hoje é necessário a existência de um Deus...

Josué não aceitou minha ajuda, resolveu voltar para sua morada terrena, e provavelmente irá se frustrar quando seus entes queridos não lhe responderem, não lhe derem atenção, e quando perceber que não é de fato visto ou ouvido, então lembrará de minhas palavras dizendo que faz parte do plano espiritual... nesse momento então voltarei em sua ajuda e acolhimento, mas não sei ao certo se ainda acreditará em nossas colônias... Talvez ele compreenda com êxito e venha em favor de sua evolução, mas talvez o seu orgulho seja maior e não aceite estar errado quanto a espiritualidade, negá-la e prender-se no plano terrestre como se fosse um ser encarnado aproveitando-se como puder dos bens materiais que conseguir... Mas, aqui estou, invisível a seus olhos, distante de sua aceitação, o cuidando e o protegendo dentro das minhas possibilidades para quando ele puder me receber e me aceitar como amigo em sua jornada!

Isso acontece com muitos desencarnados que não aceitam a condição de morte corporal e vida após a morte... mas há outros casos, os quais contarei mais para frente.

Um desencarne bem aceito

Maria é uma irmã trabalhadora do plano astral... Ajuda no recebimento e encaminhamento dos irmãos desencarnados...
Em sua última encarnação Maria fora uma religiosa evangélica, servia e temia a Deus... Tinha a visão que nós, espíritos, éramos demônios e queríamos seu mal... Maria veio a falecer devido a um tumor em seu útero... Foram momentos de grande sofrimento o final de sua encarnação, e fora muito dolorosa para sua família a "morte" de Maria. Quando faleceu, Maria se viu fora do corpo, fora recebida por irmãos que a acompanhavam em sua caminhada terrena e minimizavam suas dores com fluídos de restabelecimento... A princípio não entendeu sua morte corporal, mas aceitou quando viu seu entes orando e pedindo por ela... ficou triste mas reconfortada com as orações... Em um segundo momento pensou que o irmão que a recebia era o demônio ludibriando sua visão para levá-la ao inferno... Antônio, o irmão que a recebia, perguntou-lhe: Então, diga-me... Para onde pretende ir?
Maria, com um olhar perdido, pensou, pensou... e respondeu:
-Eu deveria ser um anjo do Senhor!
Então, Antônio com seu olhar tranquilo e sereno, disse-lhe:
- Somos todos anjos do Senhor... Porque você seria um anjo e eu um Demônio?
Ela não soube responder-lhe, e depois de convencê-la que ele a acompanhava nos cultos, auxiliava em seus bons pensamentos, enquanto caminhavam pelo jardim de restabelecimento do hospital, ela aceitou conhecer a tão mencionada colônia das explicações de Antônio...
Ainda um pouco dolorida, andava com nosso amigo pelo jardim que levava a uma sala ampla e de agradável perfume, uma sala de vidro, com poltronas e flores espalhadas em pedestais decorando o ambiente. Maria olhou em volta, maravilhada com a luminosidade e harmonia do Local...
-Parece tão real! (disse ela encantada)
-É real, Maria... Não existe morte, apenas vida... e quanto mais aceita-se esse fato menos penosa é a partida de um mundo para o outro...

Maria rapidamente encontrou-se em atividades espirituais... Faz pequenas atividades, como cuidar de plantas, servir enfermos que regressam da matéria, assim como realiza atividades mais árduas, como atender espíritos mais revoltados, desleixados e que necessitam de uma boa oratória para sua aceitação sobre a espiritualidade... Maria realiza suas atividades com êxito e dedicação e muito em breve deverá reencarnar para um bem maior e necessário!

 Esses desencarnes são dois das milhares e milhares situações que vemos no plano astral... Existem casos tristes onde o desencarnado não aceita nossa ajuda, se revolta conosco, encontra entidades zombeteiras, apegadas a matéria e decide segui-las... Também existem os casos daqueles que desencarnam, e são recepcionados por irmãos mais atrasados e sem luz, que devido as baixas energias desse desencarnado, suas falhas de carácter e crueldade interior, acabam por encontrar esse tipo de força energética em seu desencarne, não deixando-nos que nos aproximemos em seu auxílio. Desencarnados escassos de fé, auto de si e de sua vaidade, acabam por ser levados nessas condições para profundezas de tristezas por entidades que se afinam com o sentimentos que ele carrega consigo... São histórias compridas para que eu possa conta- las nesse tempo que ainda resta, assim que deixemos para uma próxima oportunidade de estudo e aprendizagem... Deixo que repasse a todos minhas palavras, e que distribua meus sinceros desejos de Paz e Harmonia ao lar de todos que procuram auxílio e conforto, as respostas por vezes tardam, mas chegam. Porém, nunca tarde demais, e sempre no momento certo para que se possa valorizar!
               Do nosso querido amigo espiritual, Alberto Pereira


"Mais uma vez aprendendo, crescendo com a espiritualidade e compreendendo aos poucos a importância da aceitação da espiritualidade... Agradeço sempre pela proteção de nossos mentores e orientações desses guias que sempre vem em nossa direção esclarecendo e nos ensinando cada vez mais..."
                                                    Cynara Miralha